O Instituto Água e Terra (IAT) ampliou o alcance do projeto Parques Paraná com a incorporação de três novos complexos ambientais: Floresta Estadual Metropolitana, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba; Estação Ecológica do Caiuá, em Diamante do Norte, no Noroeste; e Jardim Botânico de Londrina, do Norte, totalizando agora 32 espaços. A proposta busca requalificar áreas de preservação ambiental no Estado para atividades turísticas e educativas.
A partir desta adequação, as Unidades de Conservação (UCs) Caiuá e Floresta Metropolitana, que antes recebiam apenas visitas ocasionais para fins educativos e de pesquisa científica, estão aptas para ampliar a atividade turística de acordo com o regramento de cada local. Já o Jardim Botânico de Londrina passa a ser administrado pela Diretoria de Patrimônio Natural do IAT, dentro do Parques Paraná. Até então estava vinculada à Diretoria de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos.
“Esses três complexos foram incluídos no programa com o objetivo de aumentar o número de Unidades de Conservação capazes de receber visitantes, impulsionando o desenvolvimento sustentável desses pontos”, explica a chefe da Divisão de UCs do IAT, Lorena Frandini.
Os novos locais se juntam aos outros 29 complexos do selo Parques Paraná, que incluem 28 Unidades de Conservação que permitem a visitação geral e o Aquário de Paranaguá, no Litoral. Entre esses espaços, três encontram-se atualmente fechados para reforma: o Parque Estadual Ilha das Cobras, também em Paranaguá, o Parque Estadual Mata dos Godoy, em Londrina, e o Parque Estadual do Pau Oco, em Morretes.
FLORESTA METROPOLITANA – A Floresta Estadual Metropolitana é uma UC criada para proteger uma área com vegetação de Campos e Floresta Ombrófila Mista de 409,66 hectares. Desde 2022, o espaço é gerido em conjunto pelo IAT e indígenas das etnias Caingangue, Guarani Ñandeva, Guarani Mbya, Avá-Guarani e Tukano, moradores do local, representados pelo Instituto e Centro de Formação EtnoBio Diverso Ângelo Kretã. O modelo foi considerado um case internacional em 2023.
A UC fica na Avenida Rebouças, 1517 – Planta Araçatuba, Piraquara. Mais informações pelo e-mail analeticialowen@iat.pr.gov.br.
ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO CAIUÁ – A Estação Ecológica do Caiuá foi criada em 1994 como medida compensatória após a construção de uma usina hidrelétrica na região. O local protege uma área de 1.448,48 hectares de espécies características do bioma Floresta Estacional Semidecidual, como peroba (Aspidosperma polyneuron), ipê-roxo (Handroanthus impetiginosus) e canafístula (Peltophorum dubium).
A UC fica no número 1.606 da PR-182, em Diamante do Norte, e fica aberto de quarta-feira a segunda-feira, das 8h às 17h. Mais informações pelo e-mail eecaiua@iat.pr.gov.br.
JARDIM BOTÂNICO DE LONDRINA – Com 97 hectares, o Jardim Botânico de Londrina possui uma grande variedade de espécies da flora paranaense divididos em cinco jardins temáticos: o Arboreto Nativas do Paraná, que reúne espécies de diversas regiões fitogeográficas do Estado; o Jardim das Barrigudas, que abriga o baobá (Adansonia digitata), uma árvore característica de Madagascar; o Jardim das Coníferas, com plantas como a araucária (Araucária angustifólia); o Jardim Desértico, com espécies do semiárido nordestino, como as cactáceas; e o Jardim da Vovó, com várias plantas presentes nos jardins domésticos.
Com entrada gratuita, o local está aberto das 8h às 18h, e fica na Avenida dos Expedicionários, número 1.999, no conjunto Vivendas do Arvoredo, em Londrina.
ÁREA VERDE – O Paraná possui hoje 73 Unidades de Conservação catalogadas pelo IAT, das quais 25 estão atualmente abertas para visitação geral. Esse montante compreende mais de 26.250,42 km² de áreas protegidas por legislação, formadas por ecossistemas livres que não podem sofrer interferência humana ou aquelas com o uso sustentável de parte dos seus recursos naturais, como os parques abertos à visitação pública.
Essas áreas de proteção são divididas em UCs estaduais de Uso Sustentável, com 10.470,74 km²; UCs estaduais de Proteção Integral (756,44 km²); Áreas Especiais de Uso Regulamentado (Aresur), 152,25 km²; e Áreas Especiais e Interesse Turístico (AEIT), com 670,35 km², todas com administração do Governo do Estado.
O cenário se completa com as Reservas Particulares do Patrimônio Natural, as chamadas RPPNs, que somam atualmente 553,83 km²; terras indígenas, com 846,87 km²; e Unidades Federais, de 8.840,39 km², sendo o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, a área mais simbólica; e Unidades Municipais (3.959,55 km²), como o Parque Barigui, em Curitiba.
Mais informações sobre os parques estaduais estão disponíveis no site do IAT.
PARQUES PARANÁ – O projeto Parques Paraná foi implementado em 2019 pelo Governo do Estado com o objetivo de fomentar a integração da população com o meio ambiente e a modernização das formas de gestão, gerando um convívio consciente e promovendo a conservação e a educação ambiental de forma ativa. A iniciativa é dividida em quatro linhas: Uso Público e Turismo, Paraná Aventura, Parque Escola e Voluntariado.