O mercado financeiro encerrou esta sexta-feira, 18, em queda de 1,77%, com o Ibovespa aos 133.364 pontos. O pregão refletiu a intensificação da influência do noticiário político sobre os movimentos da bolsa. A operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro acentuou o clima de instabilidade entre os investidores.
Pela manhã, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a operação, com mandados de busca e apreensão na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília, e na casa de Bolsonaro. A decisão incluiu também o uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente.
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A medida ocorre pouco mais de uma semana depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros. A tarifa está condicionada à situação jurídica de Bolsonaro, que, segundo Trump, sofre perseguição do Judiciário brasileiro.
Tensão política afeta Ibovespa e dólar
A instabilidade aumentou a aversão ao risco. O Ibovespa terminou o dia com queda de 1,61%, aos 133.381,58 pontos. A máxima foi de 135.562,46 pontos, e a mínima, de 133.295,60. O volume financeiro somou R$ 19,67 bilhões.


O dólar também subiu, com investidores reagindo à possibilidade de novas barreiras comerciais dos EUA. O Índice Dólar (DXY) caiu 0,17%, a 98,48.
Entre as ações mais negociadas, papéis de B3, Banco do Brasil, Azul e Bradesco registraram perdas de 5,46%, 2,27%, 8,7% e 2,56%, respectivamente. A Vale foi exceção e subiu 0,41%, ajudando a conter parte das perdas do índice.
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O vencimento de opções sobre ações também elevou a volatilidade. Por volta das 13h10, o Ibovespa recuava 1,21%, aos 133.930 pontos. Na máxima, chegou a 135.562. O volume projetado era de R$ 14 bilhões, considerado baixo para um pregão com vencimento de opções.