O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como “inflação do aluguel”, avançou 1,06% em fevereiro, de acordo com dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira. 27. O número representa alta expressiva em relação a janeiro, quando o indicador subiu 0,27%. O índice acumula alta de 1,33% no ano e 8,44% nos últimos 12 meses.
“No IPA [Índice de Preços ao Produtor Amplo], ovos e café se destacaram, impulsionados pela forte elevação das temperaturas, que reduziu a produtividade e limitou a oferta”, afirma Matheus Dias, economista do FGV IBRE. “Nos preços ao consumidor, gasolina e tarifas de energia elétrica tiveram impacto significativo, refletindo o reajuste do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] e a retirada do bônus de Itaipu.”
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Em fevereiro, a taxa do IPA acelerou para 1,17% — avanço significativo em relação à alta de 0,24% observada em janeiro. O grupo bens finais retrocedeu para 0,42% no mês, depois de registrar alta de 0,79%.
O índice correspondente a bens finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, passou de 0,71% em janeiro para 0,11% em fevereiro. Já a taxa do grupo bens intermediários subiu 1,01% em fevereiro, embora inferior à do mês anterior, quando registrou taxa de 1,26%.
Bens Intermediários (ex) (excluindo o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção) subiu 0,71% em fevereiro, alta inferior a apurada em janeiro, que foi de 1,20%. O estágio das matérias-primas brutas inverteu o comportamento e teve alta de 1,75% em fevereiro, depois de cair 0,75% em janeiro.
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IPC subiu 0,91%, afirma FGV
Em fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou taxa de 0,91%, alta significativa em relação ao mês anterior, quando subiu 0,14%.
Entre as oito classes de despesa que compõem o índice da FGV, cinco apresentaram avanços nas suas taxas de variação: habitação (-1,65% para 1,49%), transportes (0,44% para 1,46%), despesas diversas (0,29% para 0,81%) e educação, leitura e recreação (0,15% para 0,29%), comunicação (-0,03% para 0,02%).
Em contrapartida, os grupos alimentação (1,31% para 0,89%), vestuário (0,63% para -0,28%) e saúde e cuidados pessoais (0,57% para 0,42%) tiveram recuo nas taxas de variação.
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Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 0,51%, mas inferior à observada em janeiro, que foi de 0,71%.
Analisando os três grupos constituintes do INCC, observam-se movimentações distintas nas suas respectivas taxas de variação na transição de janeiro para fevereiro: o grupo materiais e equipamentos repetiu a taxa do mês anterior, de 0,43%; o grupo serviços avançou de 0,41% para 0,68%; o grupo mão de obra recuou de 1,13% para 0,59%.