Uma série de ataques a igrejas no Rio de Janeiro gerou preocupação entre religiosos e autoridades. Na madrugada da terça-feira 24, criminosos invadiram a Igreja Presbiteriana de Copacabana, na Zona Sul da capital, e causaram estragos.
Além de furtar objetos como materiais de limpeza, louças, talheres, copos, um equipamento de som e um notebook, os invasores profanaram o templo: defecaram no local e usaram toalhas da mesa eucarística para se limpar.
A entrada foi feita pela Rua Paula Freitas, depois de arrombarem os portões da garagem e do interior.
Igreja em Campos do Goytacazes também foi alvo de criminosos


Dias depois, no domingo 29, a Igreja de Nossa Senhora da Lapa, em Campos dos Goytacazes, também foi alvo.
Criminosos destruíram uma imagem centenária, arrancaram torneiras — causando alagamento —, danificaram ventiladores e levaram itens do altar, incluindo o equipamento de som.
Vídeos gravados por fiéis mostram o estrago, com o altar vazio e a imagem de Nossa Senhora da Lapa em pedaços. “Não parece roubo, foi depredação pura. Nada de valor foi levado, só destruíram tudo”, disse Frei Francisco Maria, que celebrou uma missa de reparação no mesmo dia.
O arquiteto Edvar Junior também relatou o furto de cálices e candelabros.
Investigação policial contra invasões em igrejas no Rio de Janeiro
No caso de Copacabana, câmeras de segurança registraram ao menos três suspeitos durante a invasão. As imagens foram entregues à 12ª DP. A Polícia Civil, a Guarda Municipal e a PM estiveram no local, e a perícia recolheu impressões digitais para ajudar nas investigações.
Segundo o delegado Ângelo Lages, um dos envolvidos já foi identificado: um homem de 21 anos com quatro passagens pela polícia. “Identificamos um dos suspeitos na sexta-feira”, relatou. “Agora, aguardamos o posicionamento do Ministério Público e da Justiça. Ele é reincidente”.
A direção da igreja informou que reforçou a segurança com novas grades, trancas e fechaduras, e avalia instalar um sistema de monitoramento. Áreas como o santuário, os gabinetes da secretaria e a Escola Bíblica Dominical não foram danificadas. Uma viatura da PM permanece em frente ao templo para dar apoio à comunidade.
De acordo com o Instituto de Segurança Pública, entre janeiro e junho de 2024, houve 145 furtos em instituições religiosas no Estado — 51 deles na capital. O levantamento não especifica as religiões envolvidas.
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