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Ilha paulista do petróleo gera mais riqueza que a Arábia Saudita

A opulência da Arábia Saudita ganha forma em projetos faraônicos, castelos magníficos e coleções luxuosas — literalmente ao alcance apenas da realeza. Ainda assim, a riqueza local perde para a de Ilhabela, no litoral de São Paulo, ao menos do ponto de vista da produção por habitante. É o dobro do valor das Arábias. Mas a chave para tanto dinheiro é a mesma: extrair óleo de pedra, também conhecido como petróleo.

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Toda a riqueza gerada ao longo de um ano inteiro na Arábia Saudita equivale a US$ 35 mil por habitante, segundo o Banco Mundial. O país é um dos líderes mundiais na extração de petróleo. Em Ilhabela, por sua vez, o produto interno bruto (PIB) per capita gira em torno de US$ 70 mil.

A riqueza real de Ilhabela

Frequentemente, alguns iates enfeitam o horizonte no oceano, à beira da ilha paulista. Nas encostas, a decoração fica a cargo de mansões. Nada comparável à exclusividade da nobreza árabe, é verdade. Contudo, do tamanho certo para quem não precisa mais fazer contas no lápis para fechar o mês — embora não tenha sangue azul.

Outra diferença: grande parte do dinheiro que mantém os endereços nobres e embarcações chiques nesse pedaço do Brasil não tem a mesma origem que o dos sauditas. Por ser naturalmente bela, essa parte do Estado se tornou um dos destinos favoritos dos endinheirados de São Paulo. Impérios construídos por negócios em diversas áreas — todas aquelas que os paulistas sabem fazer bem.

Na lista, há itens suficientes para domar a terra e até para chegar aos céus. Haja vista, por exemplo, as linhas de produção de aeronaves da Embraer, nas cidades de São José dos Campos e Gavião Peixoto. As fábricas convivem ao lado de extensas e diversas culturas agrícolas. Uma delas, inclusive, desbancou a hegemonia do petróleo nos tanques dos carros: trata-se da cana-de-açúcar, matéria-prima da indústria do açúcar e do etanol.

O dinheiro da ilha paulista antes do petróleo

A elite paulista começou a erguer palacetes na ilha na virada da década de 1960. Entretanto, o início do grande boom imobiliário como destino de luxo ocorreu apenas nos anos 1990. Desde então, o lugar passou a ter mais iates e mansões.

Também cresceram as opções para gente menos abastada. Hoje em dia, dá até para comprar um pacote de cinco dias em um chalé por R$ 1,5 mil para passar o réveillon de 2025. Porém, o esporte preferido pela prefeitura deixa claro que a ilha foca em quem não conta moedas: velejar.

Navegar com veleiros se tornou tão importante ao arquipélago que forma o município que ele se tornou a “Capital Nacional da Vela” — título concedido pelo governo federal em 2011. Por volta desse mesmo ano, as petroleiras começaram a despejar dinheiro na cidade.


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