Imagens de galáxias distantes, nuvens gigantes de poeira cósmica e asteroides em movimento tornaram-se públicas nesta segunda-feira, 23. A apresentação marca para a ciência o início principalmente das operações do Observatório Vera C. Rubin, no Chile. Os registros são os primeiros feitos com a maior câmera digital já construída para a astronomia. Eles se projetam como uma prévia do material que deve ganhar a atenção em escala mundial a partir de uma coletiva oficial de lançamento.
Instalado no cume da montanha Cerro Pachón, no deserto do Atacama — a cerca de 600 quilômetros ao norte de Santiago —, o observatório abriga um equipamento com o tamanho de um carro popular e peso de aproximadamente três toneladas. A supercâmera é capaz sobretudo de capturar imagens em altíssima resolução e, da mesma forma, oferecer um campo de visão sem precedentes.
Imagens representam uma nova era para a astronomia
Em razão do seu design inovador, o observatório pode mapear todo o céu visível a cada três ou quatro dias, durante um período de 10 anos. A expectativa é que primeiramente o projeto contribua para a descoberta de milhões de estrelas em explosão, rochas espaciais em movimento, assim como efeitos de lente gravitacional. Esses fenômenos distorcem o espaço-tempo e oferecem imagens surpreendentes de galáxias muito distantes.


A divulgação das primeiras imagens serve especialmente como um marco simbólico para o início das atividades científicas. O lançamento oficial ocorreu por volta do meio-dia desta segunda (horário de Brasília) e pôde assim ser acompanhado ao vivo pelo canal oficial do Observatório Vera C. Rubin, no YouTube. Especialistas afirmam que o equipamento inaugura uma nova era na observação do cosmos.
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