Um incêndio destruiu uma vasta área de floresta em Corbières, no departamento de Aude, no sul da França, na noite desta terça-feira, 5. O fogo consumiu, em poucas horas, mais de 11 mil hectares — cerca de 110 km², o que corresponde a uma área maior do que Paris, a capital francesa — e deixou uma mulher morta, nove feridas com queimaduras graves e um desaparecido.
A mulher morreu em sua casa, em Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse, atingida pelas chamas. Entre os feridos, estão bombeiros.
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O incêndio também destruiu 30 veículos e deixou 2,5 mil moradias sem energia elétrica.
Combate ao incêndio no sul da França
A Prefeitura de Audes coordenou a atuação de 1,5 mil bombeiros, além de contar com nove aviões Canadairs e dois helicópteros para combate às chamas.
O fogo, que começou pouco depois das 16h de terça-feira, avançou rapidamente e forçou o bloqueio da rodovia A9, via que liga a França à Espanha pelo litoral do Mediterrâneo.
Une personne est morte dans son habitation à Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse (Aude) alors que l’incendie débuté mardi a déjà parcouru plus de 11 000 hectares dans le massif des Corbières, annonce la préfecture de l’Aude. François Bayrou se rendra sur place dans l’après-midi. pic.twitter.com/7ya8G3JMaR
— franceinfo (@franceinfo) August 6, 2025
Impulsionadas pelo vento, as chamas passaram das florestas para áreas de arbustos, chegando à vila de Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse, próxima a Carcassonne, onde residências acabaram incendiadas. Aproximadamente trinta casas e turistas de vários acampamentos precisaram ser evacuados por precaução.
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Campistas de Lagrasse e Fabrezan foram retirados por precaução, enquanto cerca de 30 residências em Tournissan também passaram por evacuação.
Histórico de incêndios na região
A subprefeita de Aude, Lucie Roesch, afirmou à imprensa que “o fogo se espalha muito rapidamente, porque as condições meteorológicas são desfavoráveis”. “Esta é uma das zonas mais secas do departamento e o vento está forte.”
O departamento de Aude permanece em alerta vermelho para incêndios florestais desde terça-feira, 5, devido ao início de uma onda de calor, segundo a agência meteorológica francesa.
A região, atingida pela seca, já havia registrado outros incêndios neste verão, incluindo um no início de julho que destruiu 2 mil hectares e mobilizou mil bombeiros nos arredores de Narbonne. Foi o maior incêndio desde 1986.