O bilionário indiano Gautam Adani anunciou nesta terça-feira, 24, que seu conglomerado manterá uma política de investimentos global e agressiva nos próximos anos. O posicionamento ocorre no momento em que a empresa convive com possíveis acusações criminais nos Estados Unidos.
Durante a reunião anual com acionistas do Grupo Adani, o empresário revelou que pretende investir até 2030 entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões (cerca de R$ 82,4 bilhões a R$ 110 bilhões) por ano. O foco se concentra principalmente no setor de infraestrutura.
Indiano prevê aporte em US$ 1 bi no setor aeroportuário
Separadamente, a companhia divulgou do mesmo modo um aporte de US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) nos negócios aeroportuários do grupo. Os recursos seriam originários de fundos como Apollo e BlackRock, dois dos maiores gestores de ativos do mundo.
A injeção de capital, somada ao crescimento de 7% na receita em 2024 — que alcançou US$ 31,5 bilhões (R$ 173 bilhões) —, sinaliza que o conglomerado indiano começa a superar um período de intensa pressão regulatória e reputacional.


Promotores norte-americanos citaram Gautam Adani e mais sete pessoas, em novembro de 2024, por um suposto esquema de suborno a autoridades indianas. O objetivo seria a obtenção de vantagens em contratos de energia solar. O empresário, contudo, nega as acusações. Ele assegura que o grupo coopera com as investigações sob a condução do Departamento de Justiça dos EUA e pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA.
“A verdadeira liderança não é construída sob o sol, mas forjada no fogo da crise”, disse Adani no encontro com acionistas. Fundada em 1988, a empresa opera em múltiplos segmentos, entre eles, o de logística, mineração, energias e alimentação. Seu valor de mercado atualmente situa em torno de US$ 200 bilhões.
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