A advogada Verônica Abdalla Sterman foi aprovada pelo Senado, nesta quarta-feira, 13, para ocupar uma vaga de ministra no Superior Tribunal Militar (STM). O cargo destina-se a representantes da advocacia. A indicação para o posto partiu do presidente Lula da Silva e de membros do PT. Verônica, contudo, é acusada pela oposição de maquiar o seu currículo acadêmico.
Conforme o senador Carlos Portinho (PL/RJ), é falsa a informação de que Verônica concluiu mestrado em Direito. Ela cita a pós-graduação em seu perfil na rede social corporativa LinkedIn. Apesar da denúncia, a informação permanecia na plataforma até às 23h10 desta quarta-feira, 13. A Universidade de São Paulo (USP), onde a advogada afirma ter concluído o curso, confirmou que a estudante se desligou do programa antes do final.
PT emplaca segunda indicação
Com a aprovação no Senado, Verônica será a segunda mulher a integrar o STM, ao lado da atual presidente, ministra Maria Elizabeth Rocha, outra indicada pelos petistas. A nova magistrada vai assumir assim a cadeira do ministro José Coêlho Ferreira, que se aposentou em abril depois de 24 anos de atuação na Justiça Militar da União.


A indicação de Verônica gerou questionamentos e indignação em razão do dossiê elaborado e apresentado pela oposição. Apesar das provas robustas quanto à improcedência das informações, parte do Senado cedeu aos apelos e interesses do PT.
Absurdo! A indicada de Janja para o Superior Tribunal Militar, falsificou o currículo, adicionando um mestrado que jamais concluiu. A revelação foi feita durante sabatina, pelo Senador Carlos Portinho (PL-RJ). Essa é a marca do PT: mentira e enganação! pic.twitter.com/milOZl9AwS
— Jakelyne Loiola (@Jakelyneloiola_) August 13, 2025
Na plataforma Lattes, não há registro do mestrado citado. A USP, por sua vez, reforçou não haver a defesa de tese por parte de Verônica na área de Processo Penal relacionada ao curso de mestrado. Informou, do mesmo modo, não existir trabalho sob autoria da advogada em seu sistema de catálogo. No currículo que o Palácio do Planalto divulgou, a advogada afirma ter “realizado mestrado em Direito Processual Penal pela Universidade de São Paulo, com projeto de qualificação aprovado em 2018”.
Para os parlamentares de oposição, as informações que a candidata à ministra do STM divulgou teriam induzido o relator, o senador Jaques Wagner (PT-BA), a considerá-la apta ao cargo, mas não impediram a aprovação no plenário.
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