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Indústria e comércio divergem sobre plano do governo contra tarifas dos EUA

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) avaliou como “paliativo” o pacote de apoio anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reação às recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos. Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (FecomercioSP) elogiaram a medida.

Ricardo Alban, presidente da CNI, afirmou que o plano do governo federal atende “muitas das demandas feitas pelas indústrias, federações e associações setoriais” e que a proposta busca ampliar negociações comerciais. Ele argumenta que a prioridade é fortalecer acordos bilaterais e do Mercosul, especialmente com a União Europeia, além de ressaltar linhas de crédito especiais, prorrogação de prazos de exportação e reativação do Reintegra.

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A Fiesp classificou as ações como importantes para proteger empregos, diversificar mercados e garantir concorrência justa. A entidade também relatou manter diálogo contínuo com companhias norte-americanas, com o objetivo de reduzir impactos das tarifas e preservar as relações comerciais entre os dois países.

Na visão da FecomercioSP, as medidas são indispensáveis “diante da gravidade da situação” e beneficiarão principalmente setores de produtos industrializados, mais afetados pelas tarifas. Porém, a federação alertou para a necessidade de “negociar com responsabilidade e moderação”, a fim de evitar aumento de tensão diplomática com a Casa Branca.

Já Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, argumenta que as medidas “podem dar algum fôlego às empresas, mas não resolvem a raiz do problema”. Ele defendeu negociações firmes com os EUA para reverter as tarifas e alerta que, “se não houver rapidez na implementação e clareza nas regras, o risco é que os recursos e incentivos fiquem no papel.”

Pacote de apoio à indústria prevê gestão do BNDES

O programa do governo prevê a liberação de R$ 30 bilhões do Fundo de Garantia à Exportação, com gestão do BNDES. Também está em análise o uso de recursos do Tesouro Nacional para compras públicas de itens afetados e o adiamento temporário de impostos e contribuições federais para as empresas atingidas pelas novas tarifas.


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