Apesar das chuvas registradas no sábado 28, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mantém que o Distrito Federal ainda vive um período de seca. Nesta segunda-feira, 30, o DF completa 160 dias sem chuva relevante, segundo o órgão.
O Inmet informou que as precipitações observadas no sábado ocorreram de maneira pontual em áreas a oeste do DF, fora dos pontos de monitoramento oficiais.
Para que uma chuva seja contabilizada nas estatísticas do Inmet, é necessário que ela seja registrada nas cinco estações oficiais do instituto ou em unidades de monitoramento de parceiros meteorológicos.
Sem o registro oficial no sistema, o período de estiagem continua sem interrupção. Embora houvesse previsão de chuva no domingo 29, nenhuma precipitação foi registrada. Para a semana atual, a possibilidade de chuva é praticamente inexistente, segundo o Inmet.
A massa de ar seco presente na região central do Brasil está se fortalecendo, o que reduz ainda mais a possibilidade de chuvas.
O ano de 2024 já é registrado como o segundo mais seco da história do Distrito Federal, ficando atrás apenas do ano de 1963, quando Brasília enfrentou 163 dias consecutivos sem chuva.
A chuva no Distrito Federal
No sábado 28, moradores de diversas regiões, incluindo Samambaia, Taguatinga, Ceilândia, Estrutural, Sol Nascente, Vicente Pires e a Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), relataram chuvas leves e isoladas.
O Inmet havia previsto a possibilidade de chuvas isoladas para o sábado, 28, e domingo, 29. As pancadas de chuva ocorreriam principalmente no fim da tarde e início da noite.
Apesar da chuva rápida, o calor continuou intenso no Distrito Federal. No sábado, a temperatura máxima chegou a 35,9ºC na estação do Gama, e a umidade do ar variou entre 70% e 20%.
Chuva continua👏🏽🙏🏽🙏🏽
Ceilândia – DF Brasília
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Ao portal g1, Andrea Ramos, meteorologista do Climatempo, destacou a necessidade de atenção com as primeiras chuvas.
“Essas chuvas podem vir com características de pancadas de chuva, trovoadas isoladas, rajadas de vento e até a possibilidade de queda de granizo”, afirmou. “As chuvas do fim de setembro ainda vão ser irregulares, mas a partir de outubro e novembro, há uma maior regularidade dessas chuvas.”
Roberto Ventura, professor do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB), alertou sobre os efeitos das queimadas no DF.
“As queimadas transferem uma grande quantidade de partículas para a atmosfera, principalmente fuligem, como também gases”, explicou. “Uma chuva que encontra uma grande quantidade de partículas no seu caminho vai lavar essa atmosfera, deixando a chuva um pouco mais suja, um pouco mais escura, enquanto os gases deixariam a chuva um pouco mais ácida.”
Previsão para os próximos dias
A expectativa é que as chuvas retornem de forma consistente. Segundo o Inmet, a partir da segunda semana de outubro, com o aumento da umidade relativa do ar, há possibilidade de chuvas pontuais. No entanto, o período com volume regular de precipitações deve começar entre o fim de outubro e início de novembro.
O Inmet destacou que as primeiras chuvas do período chuvoso tendem a ser muito intensas, com ventos fortes e chances de raios e trovões, além de risco de granizo. A combinação de altas temperaturas e umidade favorece a ocorrência dessas pancadas de chuva.
Para esta segunda-feira, 30, a temperatura mínima registrada foi de 18°C no Paranoá. À tarde, a máxima pode atingir cerca de 34°C, com umidade relativa do ar caindo para 15%. A previsão para a semana é de dias quentes e secos, com temperaturas próximas a 36°C. A probabilidade de chuva é mínima, praticamente nula.
De acordo com o Inmet, a massa de ar seco na região central do Brasil está ganhando força, reduzindo a possibilidade de chuva.
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