Com oficinas de balé, judô, culinária e esporte, entidade fortalece vínculos familiares e prepara para o mercado de trabalho

Publicado: 17/07/2025, 13:27

Os padres Antônio e Marcos Cavanis, em Veneza, no ano de 1802, perceberam a necessidade de ajudar crianças carentes e, com o tempo, esse trabalho chegou até aqui – Foto: Freepick

A Associação Antônio e Marcos Cavanis atua há 38 anos em Ponta Grossa acolhendo crianças e adolescentes de 6 a 17 anos em situação de vulnerabilidade. A instituição oferece oficinas e atividades que promovem o desenvolvimento pessoal, a convivência e a cidadania. O Viver Bem esteve na instituição para conhecer melhor as atividades e apresentá-las na aRede do Bem.

“Tudo começou com os padres Antônio e Marcos Cavanis, lá em Veneza, em 1802. Eles perceberam a necessidade de ajudar crianças carentes e, com o tempo, esse trabalho chegou até aqui. Em Ponta Grossa, atuamos como serviço de convivência e fortalecimento de vínculos familiares e sociais”, explicou Edineia Rodrigues da Silva Saettone, educadora social da entidade.

Os jovens que chegam até a instituição são encaminhados pelos CRAS, e a partir daí passam a frequentar oficinas como judô, balé, culinária, esportes e outros projetos. “Temos uma programação diversificada. No primeiro horário, eles participam do serviço de convivência. No segundo, das oficinas, que são voltadas tanto ao lazer quanto ao aprendizado prático”, disse Edineia.

Além das atividades, a instituição se mantém com o apoio de empresas parceiras, doações da comunidade e eventos próprios. “Temos também um bazar permanente, que ajuda a complementar nossa renda”, acrescentou.

A educadora Maritsa Slonik destacou o papel da instituição na formação dos jovens. “É um espaço de cuidado, aprendizado e desenvolvimento. E além das oficinas, oferecemos o curso de Jovem Aprendiz, preparando os adolescentes para o mercado de trabalho.”

Para o educador de esportes, Jorge Júnior, o trabalho vai além do físico. Ele é exemplo disso: já foi uma das crianças atendidas pela instituição. “Hoje estou como educador, mas já estive do outro lado. O Cavanis me proporcionou oportunidades que mudaram a minha vida, como estudar em escola particular e fazer faculdade. Hoje, posso retribuir. É gratificante”, contou.

“Talvez as crianças hoje ainda não compreendam a dimensão disso tudo, mas sabemos que aqui plantamos sementes. Não é só sobre virar atleta, é sobre virar cidadão”, reforçou Júnior.

Já Marcelo Bleme, coordenador geral, reforça que o espaço está aberto à comunidade. “Funcionamos de segunda a sexta, das 7h30 às 17h. Quem quiser conhecer de perto esse trabalho pode agendar uma visita. Estamos sempre prontos para acolher, proteger, educar e promover, pilares do nosso carisma e missão”, finaliza.