A Intel, maior fabricante de microprocessadores dos Estados Unidos, informou que vai demitir cerca de 24 mil funcionários ao longo de 2025. Esse número representa aproximadamente um quarto de sua força de trabalho principal.
Com a medida, a empresa prevê encerrar o ano com cerca de 75 mil “funcionários principais”, ante os 99,5 mil registrados em dezembro de 2024. A decisão integra uma reestruturação global, anunciada junto aos resultados do segundo trimestre.
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A medida segue uma tendência no setor de tecnologia. Outras gigantes, como Microsoft e Meta, também anunciaram demissões em 2025, em resposta ao fim do ciclo de expansão acelerada provocado pela pandemia.
Intel faz revisão estratégica depois de prejuízo
A Intel enfrenta dificuldades financeiras e desempenho abaixo do esperado nos últimos anos, agravados pelo avanço da inteligência artificial no setor. Por isso, a reestruturação inclui o encerramento de operações em fábricas, o fechamento de projetos internacionais e a redução de investimentos em áreas com menor retorno.
No segundo trimestre de 2025, a empresa registrou prejuízo líquido de US$ 2,9 bilhões, quase o dobro do registrado no mesmo período de 2024. Apesar disso, as ações da Intel subiram 12% desde o início do ano, o que indica confiança do mercado na estratégia de reestruturação.
Cortes afetam planos na Europa e América Latina
A decisão impacta países como Alemanha e Polônia, que buscavam consolidar presença no setor de semicondutores. A Intel abandonou projetos de megafábricas nesses países, onde previa investir dezenas de bilhões de dólares e gerar até 5 mil empregos diretos.
Na Costa Rica, onde a empresa operava desde 1997, a companhia encerra atividades de montagem e testes. A presença local será mantida apenas em áreas de engenharia e setores corporativos.
Já nos EUA, as mudanças afetam as instalações da empresa em Ohio. A Intel espera economizar US$ 17 bilhões por ano com o programa de reestruturação, embora ainda não tenha detalhado como os cortes serão distribuídos por país.
