No início da tarde desta sexta-feira, 18, a equipe de comunicação do governo Lula publicou um vídeo nas redes sociais que ironiza o ex-presidente Jair Bolsonaro por conta da operação da Polícia Federal (PF).
No despacho que autorizou a operação contra Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu o ex-presidente de aproximar-se de embaixadas ou falar com embaixadores; de ter contato com outros investigados, incluindo seus filhos Eduardo e Carlos; de acessar redes sociais; e de sair de casa das 19 horas até as 7 horas.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Moraes fundamentou as medidas cautelares mencionando possíveis crimes de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional, que, somados, podem resultar em penas de até 20 anos de prisão.
O ministro também culpou o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro pelo tarifaço de Donald Trump e afirmou que Bolsonaro estaria atuando com o filho para submeter o STF a um “Estado estrangeiro” por meios hostis.
Em outro trecho da decisão, Moraes chamou o presidente dos EUA, Donald Trump, de “inimigo da soberania nacional”.
Post do governo Lula faz clara referência à operação contra Bolsonaro
O perfil do governo publicou o vídeo que vem sendo utilizado para tentar vincular as sanções dos EUA à suposta tentativa de interferência na soberania.
Ao acusar o presidente norte-americano de tentar interferir na soberania do Brasil, o governo omite queixas de Trump sobre os constantes abusos do Judiciário brasileiro contra cidadãos e empresas estadunidenses, além de violações a direitos humanos.
Leia também: “Sanções não têm fundo comercial”, artigo de Rodrigo Constantino publicado na Edição 278 da Revista Oeste
“Sextou com S de soberania”, diz a publicação do perfil do governo no X. A equipe de comunicação também publicou o vídeo no Instagram.
“O Brasil é dos brasileiros e se escreve com S, de soberania”, diz o post. “Nunca seremos Brazil.”
Internautas criticaram publicação
Diversos perfis criticaram a provocação do governo Lula. Alguns lembraram de escândalos colecionados pela gestão petista e questionaram qual seria a verdadeira intenção com a campanha em defesa da “soberania”, quando o presidente Lula faz manifestações públicas contra a Justiça de outros países e se alinha a ditaduras.
“Sextou com S de socialismo, sujeira e safadeza”, disse um perfil no X. “Quem disse que pode usar verba publica para fazer esse tipo de propaganda política partidária?”, comentou outro perfil. “Agora, STF e TSE se calam?”
“Menos a soberania sobre territórios indígenas, há muito tomados pelos narcoterroristas, escreveu um perfil. “Nesses aí, a ‘soberania’ é relativa.”
“E o INSS, nada ainda?”, destacou um perfil. “Soberania com D de Ditadura”, completou outro perfil no X.
