O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,48% em setembro, após queda de 0,11% em agosto, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado de 2025, a inflação acumula alta de 3,64% e, nos últimos 12 meses, o índice atingiu 5,17%. Em setembro de 2024, a variação havia sido de 0,44%.
Energia elétrica foi o principal fator de pressão
O grupo Habitação teve a maior variação do mês, com alta de 2,97% e impacto de 0,45 ponto percentual (p.p) no IPCA. Foi o maior aumento para setembro desde 1995, quando o grupo subiu 4,51%.
A principal influência veio da energia elétrica residencial, que passou de -4,21% em agosto para 10,31% em setembro, representando o maior impacto individual no índice (0,41 p.p.).
“A alta da energia ocorreu em decorrência do fim do Bônus de Itaipu, que concedeu descontos nas faturas de agosto. Além disso, permaneceu em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos”, disse o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, em comunicado à imprensa.
No acumulado do ano, a energia elétrica residencial subiu 16,42%, o que representa o maior impacto individual (0,63 p.p.) no indicador. Em 12 meses, a alta é de 10,64%, com impacto de 0,44 p.p.
Outros grupos também registram alta
O grupo Despesas pessoais avançou 0,51% e impactou o IPCA em 0,05 p.p. Os principais itens em alta foram pacote turístico (2,87%) e cinema, teatro e concerto (2,75%), após queda de 4,02% em agosto, influenciada pela Semana do Cinema.
O grupo Transportes variou 0,01%, com impacto nulo no índice geral, após recuo de 0,27% no mês anterior. A variação reflete a alta dos combustíveis, que subiram 0,87%. O etanol aumentou 2,25%, a gasolina 0,75% e o óleo diesel 0,38%. Apenas o gás veicular teve queda, de 1,24%. Por outro lado, seguro voluntário de veículos (-5,98%) e passagem aérea (-2,83%) registraram recuo.