No sábado 21, a TV estatal do Irã informou que qualquer cidadão ou militar norte-americano na região se tornou um “alvo legítimo”.
A declaração veio de um dos comentaristas da emissora, logo depois dos ataques dos Estados Unidos contra três instalações nucleares iranianas.
Durante a programação, a emissora exibiu um mapa com o título “Dentro do alcance de fogo do Irã”. O gráfico aponta diversas bases norte-americanas distribuídas pelo Oriente Médio. Além disso, o comentarista lançou um recado direto ao presidente Donald Trump. “Você começou”, disse. “Nós vamos terminar.”
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O governo iraniano confirmou que as instalações de Fordow, Natanz e Esfahan foram atingidas. Os bombardeios aconteceram em meio à escalada do conflito, que já envolvia uma série de ataques aéreos entre Israel e Irã.
Antes desse episódio, Israel havia anunciado uma ofensiva contra alvos nucleares iranianos. Como resposta, Teerã disparou mísseis que atingiram cidades como Jerusalém, Haifa e Tel Aviv.
Logo depois do ataque, Donald Trump comemorou a ação militar em suas redes sociais. Disse que “Fordow se foi” e confirmou que uma carga completa de bombas destruiu a principal instalação nuclear do Irã, localizada ao sul de Teerã.
A instalação era considerada uma das mais seguras do programa nuclear do Irã
O ex-presidente destacou que Fordow estava protegida por uma montanha, justamente para resistir a bombardeios. Mesmo assim, não escapou da destruição. A instalação era considerada uma das mais seguras do programa nuclear iraniano.
Em sua publicação, Trump também parabenizou as Forças Armadas dos EUA. Afirmou que nenhum outro exército no mundo teria capacidade de executar uma operação dessa magnitude. E concluiu: “Agora é hora de paz.”
Relatórios da agência Reuters informaram que os Estados Unidos utilizaram bombardeiros B-2 Spirit. Essas aeronaves são projetadas para transportar armamentos pesados e de alta precisão.
Fontes da Fox News revelaram que o bombardeio contra Fordow usou seis bombas específicas para destruir bunkers. Já as bases de Natanz e Esfahan foram atingidas por cerca de 30 mísseis Tomahawk.
De acordo com Trump, todas as aeronaves deixaram o espaço aéreo iraniano em segurança e já retornaram às suas bases. Na avaliação dele, este foi “um momento histórico para os Estados Unidos, Israel e o mundo”.
Essa ofensiva já vinha sendo sinalizada pelo governo norte-americano. Em fevereiro, Trump reativou a estratégia de “pressão máxima” contra o Irã, na tentativa de forçar novas negociações sobre o programa nuclear.
Na terça-feira 17, o presidente afirmou publicamente que tinha “controle do céu do Irã”. Também revelou que sabia onde estava o líder supremo Ali Khamenei, mas garantiu que não ordenaria sua morte “por enquanto”.
Dois dias depois, na quinta-feira 19, voltou a afirmar que tomaria uma decisão definitiva sobre a entrada dos EUA no conflito nas semanas seguintes.
