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Irã enforca mais um acusado de espionagem para Israel

O Poder Judiciário do Irã anunciou nesta segunda-feira, 23, a execução de mais um agente estrangeiro acusado de fazer espionagem para Israel. Mohammad-Amin Mahdavi Shayesteh foi enforcado nesta manhã e, contra ele, também pesou a acusação de ser colaborador de um canal de televisão crítico ao regime iraniano.

Desde o começo dos ataques mútuos entre Irã e Israel, há 11 dias, o Irã executou ao menos três agentes estrangeiros, supostamente ligados ao serviço de inteligência israelense, o Mossad.

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Shayesteh foi sentenciado à morte sob acusações de repassar informações confidenciais ao Mossad, e de colaborar com o canal Iran International, sediado em Londres e crítico do regime iraniano.

A imprensa iraniana, controlada pelo regime, noticiou a execução de Shayesteh.

De acordo com as autoridades iranianas, a emissora Iran International mantém laços com Israel, sendo rotulada de “organização terrorista” durante os protestos nacionais de 2022. Aquelas manifestações foram provocadas pela morte da jovem curda Mahsa Amini, presa depois de acusada de violar o código de vestimenta vigente no país. Ela morreu em uma prisão iraniana. Os protestos foram violentamente reprimidos e milhares de pessoas foram presas; centenas foram condenadas à morte.

O chefe do Judiciário, Gholamhossein Mohseni Ejei, afirmou à TV estatal do Irã que os casos de execução de condenados por espionagem para Israel seriam tratados “mais rapidamente”. “Casos relacionados à segurança, especialmente aqueles envolvendo apoio ao regime usurpador (Israel) e atuação como uma quinta coluna do inimigo, serão tratados mais rapidamente”.

No domingo 22, o Judiciário confirmou a execução de Majid Mosayebi, também condenado por envolvimento com o Mossad; e em 16 de junho, o regime dos aiatolás enforcou Esmaeil Fekri, um agente do Mossad, segundo a Irna, agência estatal de notícias do Irã. A agência afirmou que Fekri foi preso em dezembro de 2023 por agências de segurança iranianas “enquanto se comunicava ativamente com agentes do Mossad”.

Falta de transparência e alegações internacionais

O Irã ocupa a segunda posição mundial em execuções, atrás apenas da China, segundo entidades de direitos humanos, como a Anistia Internacional. Essa organização, por exemplo, afirma que o Irã raramente apresenta provas das acusações em processos desse tipo.

Israel afirmou que suas operações contra alvos militares, nucleares e de mísseis balísticos iranianos, conduzidas pelo Exército e pelo Mossad, visam impedir que Teerã cumpra ameaças de eliminar o Estado judeu.

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