
A irregularidade das chuvas provocada pelo fenômeno La Niña tem impactado o ritmo do plantio da soja nas principais regiões produtoras do Brasil.
Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam que apenas 34,4% das áreas foram semeadas até o momento, representando um atraso de 3,3% em relação ao ano passado e de 8,1% na comparação com a média dos últimos cinco anos.
De acordo com o meteorologista Arthur Müller, em Mato Grosso, 62% das áreas já foram semeadas, enquanto Bahia, Tocantins e Goiás ainda enfrentam atrasos devido à falta de chuva. A expectativa é que na primeira semana de novembro, os acumulados de chuva cheguem a 50 a 60 mm, permitindo avanço no plantio e recuperação da umidade do solo.
No Sudeste, produtores de Minas Gerais e São Paulo avançam em áreas irrigadas, mas dependem das chuvas da primeira quinzena de novembro para ampliar o plantio. No interior paulista, a região Tietê enfrenta seca severa, com mais de 120 dias sem chuva significativa, o que tem obrigado produtores a irrigar manualmente e racionar água.
A expectativa é que a melhora nas chuvas ainda em novembro permita aos produtores recuperar o atraso no plantio e avançar na safra 2025/26, principalmente nas regiões que enfrentam seca prolongada, como o interior de São Paulo.


