
O governo federal deve oficializar na próxima semana a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para contribuintes que ganham até R$ 5 mil mensais. A informação foi confirmada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante a abertura do Salão do Automóvel, em São Paulo.
Haddad afirmou que a medida passará a valer em 1º de janeiro e ressaltou que o projeto foi aprovado por unanimidade no Congresso. Segundo ele, a mudança busca reduzir a carga sobre trabalhadores de menor renda e intensificar a tributação sobre faixas mais altas.
Ampliação da isenção e argumentos do governo
Ao comentar a proposta, Haddad disse que a iniciativa segue uma linha de “corrigir distorções” do sistema tributário, ampliando o alívio fiscal para quem recebe menos. O ministro defendeu que a nova faixa de isenção é parte de um conjunto de ajustes que, na avaliação do governo, fortalecem a política econômica.
Ele também fez um balanço de indicadores recentes. Haddad afirmou que a inflação segue em trajetória controlada e destacou o desemprego em níveis historicamente baixos. Para o ministro, esses dados demonstram um cenário mais favorável do que o percebido por parte da população.
Contexto econômico e declaração de Lula
O ministro criticou a pouca repercussão desses resultados nas redes sociais e na imprensa, afirmando que parte das melhorias “não tem recebido o devido destaque”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participou do evento. Em sua fala, comentou a decisão do governo norte-americano de retirar tarifas sobre produtos brasileiros, como café, carne e frutas. Para Lula, a medida abre espaço para ampliar exportações em setores relevantes da pauta agropecuária.
A sanção da nova faixa de isenção do Imposto de Renda deve ser publicada após o retorno do presidente a Brasília, encerrando a etapa final de tramitação do projeto. O governo estima que o reajuste da tabela alivie o peso tributário sobre milhões de contribuintes a partir do próximo ano.


