Pedro Augusto – 17/06/2025 15h38

Como foi amplamente noticiado, Israel iniciou um ataque direcionado às instalações nucleares do Irã — ao contrário do regime iraniano, que anteriormente mirou civis israelenses em seus ataques. Mas afinal, o que motivou essa decisão, e por que ela foi acertada? Há, basicamente, quatro razões principais:
1) O Irã está descumprindo acordos internacionais
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que o Irã está violando os acordos de não proliferação nuclear — sendo esta a primeira vez em 20 anos que a instituição faz uma declaração tão contundente.
Segundo os tratados firmados, o Irã só poderia enriquecer urânio até 3,67%, deveria reduzir seus estoques de urânio pouco enriquecido e estava proibido de construir novas instalações nucleares por um período de 15 anos.
Nada disso está sendo respeitado.
2) Um Irã com armas nucleares é uma ameaça ao Oriente Médio
É de conhecimento geral que o Irã almeja liderar o Oriente Médio e o mundo islâmico. Para alcançar esse objetivo, o regime iraniano apoia grupos que desestabilizam a região, como o Hamas, o Hezbollah e os houthis.
Um Irã nuclear seria uma potência ameaçadora, capaz de intimidar seus vizinhos, fortalecer grupos terroristas aliados e iniciar uma corrida armamentista na região. Isso aumentaria drasticamente as tensões e o risco de guerras futuras.
3) É uma questão de sobrevivência para Israel
Não é segredo que o Irã deseja a destruição do Estado de Israel. Além de financiar grupos como o Hamas — cujo objetivo declarado é eliminar Israel —, o próprio líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, declarou em 9 de setembro de 2015 que Israel “não existirá nos próximos 25 anos”, ao se referir ao programa nuclear iraniano.
Essa afirmação revela com clareza que o programa nuclear do Irã tem, entre seus propósitos, a eliminação do Estado judeu. Portanto, o ataque de Israel é, antes de tudo, um ato de legítima defesa.
4) Os aliados do Irã não estão em posição de retaliar
Grupos como o Hezbollah e o Hamas estão significativamente enfraquecidos após os ataques israelenses nos últimos meses. Se existia um momento estratégico para atacar o Irã sem risco de uma forte retaliação por parte de seus aliados, esse momento é agora.
A própria liderança do Hezbollah já declarou que não responderá militarmente aos ataques israelenses — o que demonstra o isolamento momentâneo do regime iraniano.
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Pedro Augusto é formado em Teologia pela Faculdade Batista do Rio de Janeiro e também em Jornalismo. |
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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