O Exército de Israel informou que eliminou Abdullah Saeed Abd al-Baqin, integrante de alta patente do grupo Hamas, durante uma operação realizada na última quinta-feira, 7, na Faixa de Gaza. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), ele era vice-comandante da companhia Nukhba no Batalhão Central de Jabalia, unidade de elite do grupo.
De acordo com o comunicado, Abd al-Baqin participou do ataque de 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas invadiram território israelense e atacaram uma base militar próxima à passagem de Erez.
Durante a ação, o combatente esteve diretamente envolvido no sequestro dos soldados Ron Sherman, Nik Beizer e Tamir Nimrodi, segundo as IDF.
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Ainda conforme o Exército, os corpos de Sherman e Beizer foram recuperados no norte da Faixa de Gaza, depois de terem sido mortos enquanto estavam em cativeiro. Nimrodi permanece detido no território controlado pelo Hamas.
O ataque que resultou na morte de Abd al-Baqin foi conduzido pelo 215º Regimento de Artilharia das IDF. A operação, segundo as forças israelenses, ocorreu em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, e contou com o direcionamento de inteligência militar. “As forças atacaram e eliminaram Abdullah Saeed Abd al-Baqin”, afirmou o comunicado.
Ainda de acordo com Israel, ao longo do conflito o militante esteve envolvido no planejamento e execução de “numerosos ataques contra tropas que operam em Gaza”. O Exército declarou que continuará “a atuar intensamente contra os terroristas que participaram do massacre de 7 de outubro”.
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O Festival Internacional de Cinema de Toronto cancelou a exibição do documentário The Road Between Us: The Ultimate Rescue, que retrata o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023. Segundo a organização, a decisão foi motivada por possíveis problemas de direitos autorais relacionados a imagens reais gravadas por membros do Hamas durante os assassinatos.
A produção narra o resgate realizado pelo general da reserva Noam Tibon, que salvou o filho Amir Tibon e sua família no kibutz Nahal Oz. O festival afirmou que a ausência de permissão formal para uso das imagens geradas pelos militantes exigia que os realizadores apresentassem garantias legais contra eventuais processos.


A produção do longa declarou que as imagens em questão já haviam sido transmitidas ao vivo e que, do ponto de vista da propriedade intelectual, “estão claramente em domínio público”. Tibon classificou a medida como “absurda e bizarra” e acusou o festival de ceder a pressões e ameaças para “apagar” os eventos de 7 de outubro.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, comparou a exigência de autorização ao ato de pedir permissão a líderes nazistas para filmar campos de concentração. O Centro Canadense para Assuntos Israelenses e Judaicos afirmou que a medida permite que “um pequeno grupo de extremistas” determine quais filmes os canadenses podem assistir.
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