Poucas horas depois de os houthis voltarem a atacar uma embarcação comercial no Mar Vermelho, aviões da Força Aérea de Israel atingiram, na madrugada de segunda-feira 7, (horário local), três portos sob controle do grupo rebelde no Iêmen. Alvos estratégicos como uma estação de energia e um navio atracado também foram atingidos, segundo o The Jerusalem Post.
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De acordo com comunicado das Forças de Defesa de Israel (FDI), os portos de Hodeidah, Ras Issa e Al-Salif eram utilizados pelo grupo Houthi como pontos de transferência de armamentos fornecidos pelo regime iraniano. “Essas armas são usadas para realizar ações terroristas contra o Estado de Israel e seus aliados”, relatou a entidade, em nota oficial.
O ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que os ataques fazem parte de uma ofensiva contínua contra a estrutura militar utilizada pelo grupo Houthi. “Trata-se de uma operação para enfraquecer as capacidades do terrorismo que atua a partir do Iêmen.”
O bombardeio ocorre depois que a embarcação Magic Seas, de bandeira internacional, foi atacada neste domingo, 6, por oito embarcações menores que dispararam tiros e granadas autopropulsadas.
O incidente aconteceu a cerca de 50 milhas náuticas (92,6 quilômetros) ao sul do porto de Hodeidah, segundo informou a unidade de operações marítimas do Reino Unido (UKMTO). Agentes de segurança armados a bordo do navio responderam ao ataque, e toda a tripulação foi resgatada com segurança.
Houthis alvejaram caças de Israel
Ainda segundo os militares israelenses, o grupo terrorista havia instalado um sistema de radar no cargueiro Galaxy Leader, tomado pelos houthis em 2023.
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A embarcação, que navegava sob bandeira das Bahamas, seria arrendada por uma empresa britânica com participação de um empresário israelense.
O contato com a tripulação foi perdido por meses, até que os tripulantes foram libertados em janeiro de 2025.
Canais de comunicação dos houthis afirmaram que o grupo respondeu ao bombardeio com lançamento de mísseis, mas não houve confirmação de danos aos caças israelenses.
Na época da libertação do Galaxy Leader, a emissora Al-Masirah, ligada aos houthis, informou que o gesto fazia parte de um acordo de cessar-fogo relacionado à guerra em Gaza, válido até meados de março.