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Israel, com ajuda dos EUA, está preparado para novo ataque do Irã

Depois do último ataque do Irã a Israel, surgiram boatos sobre falhas no sistema de defesa israelense, que teria deixado de interceptar alguns mísseis. De fato, nem todos foram bloqueados, mas o índice de interceptação foi considerado eficiente pelas Forças de Defesa de Israel (FDI), ainda que com a necessidade de aprimoramento.

“Existe uma lei em Israel que permite ao Exército instaurar censura para limitar o acesso a informações e dificultar ações do inimigo”, afirma a Oeste o sargento da reserva das FDI, Henry Kadima, especialista em Inteligência e Contra-Terrorismo. “Essa prática restringe o detalhamento sobre alvos atingidos e ações táticas”, completa o militar, que é brasileiro-israelense.

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Kadima observou que o sistema de defesa israelense, como qualquer outro, não é 100% eficaz e possui vulnerabilidades. Segundo ele, no entanto, as defesas israelenses no geral mostraram um bom grau de eficiência.

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Foram dois ataques do Irã, em 13 de abril e em 1º de outubro, que causaram um número mínimo de vítimas. Algumas informações, não confirmadas pelas FDI, revelaram que mísseis não foram interceptados e que a base de Nevati foi atingida em 32 pontos, com um míssil que escapou para o deserto.

O primeiro ataque serviu como teste, segundo o sargento. No segundo, o Irã utilizou outro tipo de armamento e nova estratégia. Israel, no entanto, também tem desenvolvido soluções de defesa.

Em no máximo dois meses, um sistema de rastreamento de drones já deverá ser utilizado. Em meio à guerra, o país desenvolve equipamentos, por meio de seus investimentos e pesquisa e tecnologia, cujo setor representa cerca de 17% do Produto Interno Bruto, de acordo com o governo.

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“Essas vulnerabilidades foram testadas pelo Irã no primeiro ataque contra Israel, em abril e o modus operandi foi atualizado para dificultar interceptações no ataque recente”.

A situação, no entanto, pelo histórico dos sistemas de defesa, que não são compostos apenas do Iron Dome, não é novidade. Completam o arsenal de defesa os sistemas The Arrow (A Seta), Estilingue de David, Iron Beam (Viga de Ferro) e o Patriot (Patriota), este último conhecido por interceptar scuds iraquianos na Primeira Guerra do Golfo, em 1991.

Até mesmo mísseis do Hamas, como o Qassam, que chega a 10 quilômetros, os Quds 101, com alcance de 16 quilômetros, e os mísseis Grad e Sejil 55, que atingem alvos a 55 quilômetros, menos potentes, às vezes escapam dos radares defensivos.

Sistema de auxílio a Israel

Sobre a chegada do sistema de defesa norte-americano a Israel, Kadima comentou: “O objetivo é fortalecer Israel contra ataques de mísseis vindos do Irã”.

A chegada desses equipamentos, segundo as palavras de Kadima, é uma demonstração de que Israel e os EUA não descartam novos ataques iranianos.

Ele também afirmou que não haverá substituição do Domo de Ferro nem de outros sistemas israelenses e que Israel está preparado: “São sistemas que se completam e funcionam de formas similares, mas com poder de interceptação diferente”.

Kadima reiterou que os sistemas norte-americanos e israelenses têm papéis complementares. No último dia 21, os EUA enviaram às FDI o equipamento de defesa THAAD — uma das armas antimísseis mais poderosas do Exército norte-americano.

Tem a capacidade de interceptar mísseis balísticos a distâncias de 150 a 200 quilômetros e com uma taxa de sucesso quase perfeita em testes. O sistema já veio pronto para ser utilizado, depois de um breve período de treinamentos das forças israelenses.


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