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Israel confirma poderio militar com respostas inéditas ao Irã

A recente ofensiva aérea israelense no Irã reforçou a capacidade de Israel em conduzir operações militares de longo alcance. “Israel agora tem a maior liberdade de operação aérea no Irã”, declarou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, depois da ação que envolveu mais de 100 aviões de caça. A incursão israelense visou a diversas infraestruturas estratégicas do regime iraniano, incluindo baterias antiaéreas e instalações nucleares.

O sargento Henry Kadima, especialista em Inteligência e Contra-Terrorismo e reservista da das FDI, destacou a complexidade da operação. “Não existe força aérea no mundo que seria capaz de voar mais de 2 mil quilômetros sem ser interceptado ou detectado por radares, bombardear alvos inimigos e voltar pra casa em segurança” , afirmou a Oeste.

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A missão também envolveu a participação de quatro mulheres da força aérea israelense, uma resposta direta, segundo Kadima, às restrições de direitos que as mulheres enfrentam no Irã. O militar ressaltou a importância desse detalhe: “Enquanto no Irã a mulher não tem nem direitos básicos humanos, quatro mulheres da força aérea israelense participaram do ataque e voaram até o Irã.”

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Nesta semana, o comandante das Forças Armadas de Israel, Herzi Halevi, afirmou que, em caso de novos ataques iranianos, o país está preparado para utilizar recursos militares ainda não empregados. Segundo Kadima, a declaração de Halevi reforça que “Israel tem equipamentos tecnológicos que o mundo não imagina”.

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O sargento da reserva classificou a resposta recente aos ataques iranianos como “simbólica”, citando o bombardeio de sistemas S-300, radares nucleares e bases de lançamento de mísseis balísticos como uma demonstração da capacidade militar de Israel.

“Foi uma forma de mostrar ao inimigo que temos capacidades de voar mais de 2 mil quilômetros, atacá-los, destruir os seus mais importantes centros e voltar para casa em segurança”, concluiu.

O Irã, que já realizou dois ataques significativos contra Israel neste ano, mobilizou centenas de drones e mísseis nas operações no primeiro ataque, em 13 de abril. O motivo alegado pelo regime dos aiatolás foi o bombardeio israelense no qual sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC) foram mortos, entre eles dois generais de alta patente, brigadeiro general Mohammad Reza Zahedi e brigadeiro general Mohammad Hadi Haji Rahimi. Essa operação resultou ainda na morte de combatentes iranianos, sírios e libaneses.

Neste primeiro ataque do Irã a Israel, o país persa lançou aproximadamente 170 drones e mais de 120 mísseis balísticos e de cruzeiro. Israel, com o apoio de países aliados, interceptou cerca de 99% dos projéteis e evitou que a maioria deles causasse danos no território.

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O segundo ataque iraniano, codificado como Operação Promessa Verdadeira 2, foi uma ofensiva ainda mais intensa. Ocorreu no dia 1º de outubro. O Irã declarou que se tratava de uma retaliação pela morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no dia 27 de setembro, alvejado por bombardeio israelense.

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Este segundo ataque iraniano envolveu aproximadamente 200 mísseis balísticos, lançados em duas grandes ondas, com o objetivo de sobrecarregar as defesas aéreas israelenses.

Apesar de alguns mísseis terem causado danos a instalações militares, especialmente em bases aéreas, a maior parte foi interceptada. Destroços dos mísseis causaram duas mortes no país.

Enquanto o ataque de abril foi mais limitado e com menos danos, o ataque de outubro foi significativamente mais massivo e teve como foco a saturação das defesas israelenses, embora o impacto ainda tenha sido considerado controlado.

Israel respondeu dias depois aos dois ataques. Também de forma proporcional à intensidade de cada um. Em 19 de abril, a Força Aérea de Israel realizou ataques aéreos contra uma instalação de defesa no Irã.

Limitados, os ataques tiveram como alvo um radar de defesa aérea em uma base aérea próxima a Isfahan, no centro do país Os mísseis israelenses aparentemente atingiram diretamente o alvo. Não houve danos extensivos à base em si.

A resposta das FDI ao ataque de outubro foi ainda mais extensa. A Força Aérea israelense lançou no dia 26 daquele mês uma série de bombardeios contra instalações nucleares e petrolíferas, bases militares e fábricas de armamentos no Irã.

A ofensiva envolveu a participação de mais de 100 aviões de caça, entre eles os modelos mais modernos, como F-35I Adir e F-16I Sufa, que são adaptados especificamente para as necessidades operacionais do país. Israel, no entanto, não confirmou o usou destas aeronaves.

Israel surpreende os líderes inimigos

Com a fragilização de seus grupos aliados, como o Hezbollah e o Hamas, depois das incursões israelenses, Kadima acredita que o Irã poderá adotar uma nova tática, diante do poderio demonstrado por Israel: “Acho que o ponto principal de atenção seria como o Irã vai utilizar a unidade de ações terroristas internacionais do Hezbollah”, afirma ele. “Acredito que vão tentar efetuar atentados terroristas pelo mundo.”

O cenário é marcado por um conflito direto entre Israel e o Irã, inédito em sua intensidade. No entanto, Israel tem demonstrado uma política de contra-ataque rigorosa, eliminando diversos líderes de grupos terroristas em ações de alto risco.

A operação israelense também sinaliza uma possível mudança na postura do país em relação às ameaças diretas. Israel tem ampliado sua capacidade de resposta e consolidando sua posição estratégica na região. Para a surpresa dos líderes inimigos, que imaginavam reações contidas.

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