Uma série de bombardeios realizados por Israel na madrugada desta segunda-feira, 23, atingiu pontos estratégicos do governo iraniano na capital Teerã. Entre os alvos, estão o quartel-general da Guarda Revolucionária, a prisão de Evin, conhecida por abrigar presos políticos, e o relógio da “Destruição de Israel”, localizado na Praça Palestina.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou em comunicado que as Forças de Defesa do país atacam com força sem precedentes alvos do regime e órgãos de repressão governamental no centro de Teerã.
Os pontos incluem o quartel-general da Basij, a Prisão de Evin — onde ficam presos políticos e opositores do regime —, o relógio que marca a “Destruição de Israel” na Praça Palestina, o quartel-general de segurança interna da Guarda Revolucionária e o centro de doutrinação ideológica.
Prisão atingida por Israel é considerada “símbolo do poder iraniano”
A prisão de Evin, conhecida como símbolo do poder do Irã e por abrigar opositores do regime, foi atingida durante o ataque. Não há informações sobre possíveis fugas.
As Forças Armadas de Israel afirmaram que a ofensiva tem como objetivo desestabilizar o regime, já que as estruturas atingidas são responsáveis por manter a ordem interna e reprimir ameaças em nome dos militares iranianos.
A motivação para o ataque à prisão ainda é incerta, mas uma publicação do ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, que mencionou o presidente argentino Javier Milei sugere a intenção de facilitar a fuga de inocentes. “Avisamos o Irã diversas vezes: parem de atacar civis!”, declarou. “Eles continuaram, inclusive esta manhã. Nossa resposta: Viva a liberdade, cara!”
O judiciário do Irã confirmou que projéteis atingiram a prisão, causando danos estruturais, mas afirmou que a situação está sob controle, segundo a Agência de Notícias Fars, ligada à Guarda Revolucionária.
Impactos econômicos e escalada militar
O mercado reagiu com alta do petróleo após o Irã retaliar bombardeios dos EUA a instalações nucleares. O Congresso iraniano aprovou o fechamento do Estreito de Ormuz — rota de 20% do petróleo global —, mas a decisão ainda depende do aiatolá Ali Khamenei. O barril subiu mais de 5%, para US$ 81,40, e bolsas asiáticas caíram nesta segunda, 23.
Os EUA atacaram usinas nucleares em Fordow, Isfahan e Natanz. Teerã afirmou que o material nuclear já havia sido removido. Washington admite não saber onde está o estoque de urânio.
A Espanha pediu à União Europeia o embargo de armas a Israel, suspensão de acordos com Tel Aviv e sanções a quem se opõe à solução de dois Estados.
Novos ataques atingiram bases militares e aeroportos no Irã. Khamenei prometeu punição a Israel e manteve o programa nuclear. Trump sugeriu possível mudança de regime. O Conselho de Segurança da ONU se reuniu, mas não votou resolução para encerrar o conflito.
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