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Itália endurece regras para transição de gênero em menores

Uma iniciativa do governo da Itália prevê novas regras para o fornecimento de medicamentos destinados à transição de gênero em menores de idade. O projeto de lei, apresentado pelos ministérios da Saúde e da Família, foi aprovado pelo gabinete da primeira-ministra Giorgia Meloni na terça-feira 5, e segue para análise e votação no Parlamento.

O Executivo de Meloni justificou a proposta destacando que as alterações buscam proteger a saúde de menores e permitir “monitoramento eficaz de dados” e do “uso correto destes medicamentos”, conforme comunicado oficial.

A medida estabelece que a Agência Italiana de Medicamentos (Aifa) criará um registro para acompanhar a utilização de hormônios e bloqueadores da puberdade em tratamentos realizados com pessoas com menos de 18 anos.

Detalhes da medida sobre transição de gênero, aprovada pelo gabinete de Giorgia Meloni

Giorgia Meloni ItáliaGiorgia Meloni Itália
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni | Foto: Reprodução/Twitter/X

Se o texto for mantido, o uso de bloqueadores da puberdade e terapias hormonais dependerá de uma autorização prévia de um comitê ético pediátrico nacional.

Além disso, os medicamentos só poderão ser dispensados em farmácias hospitalares e deverão ser registrados em um sistema nacional, sob responsabilidade da Agência Italiana de Medicamentos (AIFA). As informações, consideradas confidenciais, serão compartilhadas com o Ministério da Saúde a cada seis meses.

A proposta também estabelece critérios mais rígidos para a prescrição dos tratamentos. Eles só poderão ser indicados depois de um diagnóstico formal de disforia de gênero por uma equipe multidisciplinar e acompanhamento psicológico, psicoterapêutico e, se necessário, psiquiátrico. O consentimento informado dos responsáveis legais continuará sendo exigido, conforme as normas já previstas para tratamentos em menores de idade.

Antes desse projeto, a Itália já oferecia gratuitamente esses medicamentos por meio do Sistema Nacional de Saúde, desde que houvesse avaliação clínica especializada. O uso de bloqueadores da puberdade, como a triptorrelina, era permitido em faixas etárias mais baixas, com a introdução de hormônios geralmente a partir dos 16 anos.

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