O UFC Noche de 2025 terá como evento principal o embate brasileiro entre Diego Lopes e Jean Silva no sábado (13). Entretanto, o “Lord” não enxerga que esteja enfrentando um compatriota, e sim um representante da cultura mexicana, que será celebrada no evento.
Em entrevista coletiva na academia Cornerman FC, Jean Silva explicou porque acha importante questionar a nacionalidade de Diego Lopes, que, apesar de nascido em Manaus, treina e faz carreira no MMA morando no México, inclusive levando a bandeira dos dois países ao octógono.
“A gente precisa que ele decida. Imagina um Brasil x Argentina, na Copa do Mundo, e o Neymar estar no time da Argentina. Faz sentido?”, questiona Jean.
Prestes a enfrentar um faixa-preta de Jiu-Jitsu com grappling afiado, Jean vem de uma vitória inesperada por submissão contra o também especialista em luta agarrada Bryce Mitchell. No embate em questão, o brasileiro também procurou desestabilizar o oponente com provocações.
Jean, por sua vez, garante que seu nível de jiu-jitsu é muito superior à sua faixa e explica que testar os pontos fortes de seu oponente, como fez com Mitchell, é uma parte importante de sua estratégia rumo às vitórias, que já são cinco, só no UFC.
“A Fighting Nerds trabalha num modelo de não correr do que o cara tem de melhor. Às vezes você pega um bom atacante, quando ele ataca logo no começo do jogo, a melhor arma dele foi embora. Aí resta o que? Nada. A gente consegue entender isso e fazer com que o coleguinha lá na frente execute o que ele tem de melhor”, explica Jean.
“Não é segredo para ninguém que o meu jogo mental funciona bastante. Inclusive o Diego Lopes está falando bastante que não liga para isso, não liga para aquilo. Mas te garanto que ele está pensando em mim agora”, explica o “Lord”.
Mesmo com o antagonismo com Diego Lopes, Jean se mostra empolgado para a luta, dizendo estar feliz pois “vai bater em alguém”. O autointitulado “cara mais agressivo dessa parada”, Silva faz questão de reforçar o quanto gosta de sua profissão.
“Eu tenho certeza que se fosse numa vida passada, e eu estivesse em cima de um cavalo com um machado, eu estaria em cima de um cavalo arrancando a cabeça de algumas pessoas. Eu sou esse cara, acho que no meio do caos eu consigo construir minha felicidade”, conclui Jean.