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Jeito ‘paizão’: como Ancelotti conquistou jogadores após seleção viver turbulência

Carlo Ancelotti ainda não completou seis meses no comando da seleção brasileira, mas já conseguiu duas coisas fundamentais: o respeito do grupo e resultados positivos. Após um período de incertezas na equipe nacional, desde a saída de Tite após a Copa do Mundo de 2022 e a constante troca de técnicos, o italiano chegou em maio 2025 e já virou o “paizão” do elenco.

Destaque do Brasil na vitória por 3 a 0 contra o Chile, Luiz Henrique explicou, em entrevista exclusiva à ESPN, como tem sido o dia a dia com o Ancelotti na Granja Comary, onde a equipe tem ficado nesta Data Fifa.

“É um cara muito amigo, sabe? Ele ajuda muito o jogador. Ele está sempre ali conversando com a gente, sempre dando a dica”, explicou o atacante do Zenit, da Rússia.

Além disso, o jogador, que entrou na segunda etapa da última partida no Maracanã, contou como foi o papo com Ancelotti após o triunfo contra os chilenos e revelou até uma brincadeira do técnico.

“Ele falou que eu fui muito bem e me deu até uma cutucada: ‘Por que você não fez o gol?’. Eu falei: ‘Foi quase, foi quase’. Mas o Mister é um cara que respeita muito os jogadores, escuta sempre a gente. Está sempre incentivando para que a gente coloque o nosso futebol em prática. O talento que os jogadores do Brasil têm, nenhuma outra seleção tem”, disse o jogador.

Além da leveza, há também muita cobrança e organização por parte do italiano. Quem explica é Bruno Guimarães, que, também em entrevista exclusiva a ESPN, falou um pouco mais sobre o jeito único de Carletto.

“Ele chega, dá os parabéns em espanhol, está aprendendo o português. Mas se tem alguma coisa que fica na cabeça dele, ele vem e fala. Não só comigo, com outros jogadores também. Ele sabe o momento certo de conversar, o momento certo de cobrar também. É um paizão”, disse o volante do Newcastle, da Inglaterra.

Na tentativa de se enturmar ainda mais com o grupo para deixar o ambiente saudável, Ancelotti não escapou nem mesmo do tradicional trote. Assim que chegou, entrou na brincadeira e fez questão de interpretar a canção italiana “Os melhores anos de nossas vidas” em frente ao elenco. Tal atitude é muito positiva na visão de Martinelli.

”Ele tenta sempre se comunicar com a gente, nos trotes, sempre tenta estar perto para se entrosar também. É um cara que a gente respeita muito, já viu tudo no futebol. A gente fica muito orgulhoso de ver um cara trabalhando com a gente e tentando se aproximar cada vez mais dos jogadores. É um privilégio, uma honra”, contou o atacante do Arsenal em entrevista coletiva.

O treinador, multicampeão por clubes como Milan, Real Madrid, PSG e Chelsea, não precisou de muito tempo para implementar seu estilo na seleção, que vivia uma crise dentro e fora das quatro linhas. Com calma, bom relacionamento e respaldo da comissão técnica, Ancelotti conseguiu mudar o astral do Brasil em poucos meses.

“Está sendo muito bom. Ele está sempre positivo, tentando agregar para a gente. Toda a comissão também. Tem sido uma troca muito boa entre a gente e o Mister”, completou Bruno.

Com 66 anos e um currículo extenso, Ancelotti chega à sua primeira Copa do Mundo como treinador de seleções. E o próximo desafio da seleção comandada pelo italiano será contra a Bolívia, em partida válidas pelas eliminatórias.

Próximos jogos da seleção brasileira:

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