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Jogador do Auckland conta segredos de como se divide entre emprego e futebol

Como é jogar por um clube de futebol e trabalhar em outro lugar ao mesmo tempo? É isso que o elenco do Auckland City, único time amador do Mundial de Clubes, faz na Nova Zelândia. Os jogadores não recebem salários, apenas ajudas de custos com academia e outras amenidades, e isso resulta em uma “rotina maluca”, como contou o atacante David Yoo em entrevista à ESPN.

Professor comunitário de futebol na cidade de mesmo nome do clube, ele conta que é um sonho dos atletas jogarem profissionalmente, por isso todos enxergam o Mundial de Clubes como uma chance única. E não é por menos, já que, além de terem enfrentado o Bayern de Munique, vão encarar outros dois gigantes do futebol mundial: Benfica, nesta sexta-feira (20), e Boca Juniors, no dia 24 de junho.

O dia a dia diferente do Auckland City já começa pelo horário dos treinos. Enquanto a maioria dos clubes realiza trabalhos pela manhã e tarde, os neozelandeses costumavam começar por volta das 18h para uma sessão de uma a duas horas e meia. “É uma rotina meio maluca. Normalmente, todo mundo ia trabalhar, terminavam às cinco e, depois, iam direto para o treino”, relembrou David Yoo.

E como o tempo é curto, muitos dos jogadores acabam ficando até mais tarde. “Não vão para casa antes das nove ou dez horas, às vezes”, disse o atacante, que trabalha com futebol ao mesmo tempo que faz parte do elenco.

Basicamente, a rotina do jogador é toda voltada ao futebol. “Eu treino para a academia do clube; treino grupos mais jovens, times juvenis e também a comunidade em uma escola local. Também treino em uma escola em Auckland”, detalhou o atleta, adicionando que não é fácil para ele ou “para o resto dos meninos da equipe”.

Os empregos são dos mais variados no elenco do Auckland City. David Yoo trabalha com futebol, mas tem integrantes do time que são entregadores, profissionais da construção civil, vendedores e até um fisioterapeuta. “Muitas funções diferentes. Empregos normais, de pessoas normais, na verdade”, explicou à ESPN.

E não é preciso ser um “CLT” na Nova Zelândia para fazer parte do elenco, já que alguns atletas que estão no Mundial de Clubes conciliam a vida no futebol com estudos. É o caso do zagueiro de 21 anos, Adam Bell, que prestou um exame na universidade dois dias após o confronto com o Bayern de Munique.

A experiência do Mundial, para David Yoo, é “inacreditável”. O jogador a enxerga como uma oportunidade única na vida de jogar contra equipes reconhecidas mundialmente. O Auckland City domina o esporte em seu continente, com 13 títulos da Liga dos Campeões da Oceania e 10 troféus do campeonato nacional, além de um terceiro lugar no Mundial de 2014, mas raramente se testa, e é visto, contra as grandes potências.

“Times como o Bayern de Munique… alguns dos jogadores contra os quais jogamos alguns dias atrás ganham muito dinheiro, muito mais do que nós”, relembrou o atacante. “Todos trabalhamos duro, temos sonhos e todos nós ainda sonhamos em fazer isso [jogar futebol] profissionalmente a Europa ou nos maiores palcos”, concluiu o jogador.

Auckland City e Benfica se enfrentam às 13h (horário de Brasília) desta sexta-feira (20) no Estádio Inter&Co, em Orlando, pela segunda rodada do Grupo C do Mundial de Clubes. Os clubes que avançarem nessa chave enfrentarão um adversário do Grupo D, que tem Flamengo, Chelsea, Espérance e LAFC.

Onde assistir ao Mundial de Clubes?

O Mundial de Clubes terá transmissão ao vivo pela CazéTV, disponível sem custo adicional no Disney+

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