O jornal espanhol As destacou um “efeito Mundial” que atingiu Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras, times brasileiros que estiveram na disputa da competição internacional. Os quatro oficializaram vendas de jogadores após o torneio. A publicação chamou o fato de “preço a pagar pelos menos poderosos”.
“Um Mundial de Clubes como uma vitrine global. Um torneio para se destacar, como um cartão de visita”, iniciou. “O mundo descobriu que também há estrelas competindo fora da Europa. Os clubes europeus notaram isso, identificando um mercado atraente para seus interesses entre os brasileiros. Desde o Mundial, nenhum dos clubes [brasileiros que disputaram] conseguiu manter suas estrelas”, escreveu, apesar de atletas brasileiros irem para a Europa com frequência.
O Botafogo vendeu Igor Jesus e Jair Cunha para o Nottingham Forest. Os dois estiveram com o clube no Mundial, mas já eram negociados antes do torneio. O Palmeiras vendeu Richard Ríos para o Benfica por cifra 2250% maior do que pagou para ter o colombiano em meados de 2023.
O Flamengo viu Gerson ir para o Zenit, da Rússia, após especulação que também começou antes do Mundial e teve pagamento de multa rescisória à vista — além dele, Wesley foi para a Roma, mas o lateral tinha mercado da Europa desde o ano passado e quase foi para a Atalanta em 2024.
Por fim, o Fluminense vendeu Jhon Arias para o Wolverhampton, da Inglaterra. O jogador afirmou que tinha o sonho de jogar no futebol europeu.
“Seis transferências de seis jogadores-chave. Um preço a pagar pelos menos poderosos”, concluiu o As, mesmo com os contextos das vendas.