Posicionamentos reiterados pelo governo e pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva mergulharam o Brasil em um abismo diplomático.
O afastamento do mundo ocidental, a hostilidade aos EUA e ao dólar, a oposição ao Estado de Israel e o alinhamento a grupos terroristas marcam uma inflexão radical do país em direção ao autoritarismo.
Ao analisar o cenário diplomático e os desafios do Brasil para os anos seguintes, em editorial publicado neste sábado 9, o jornal Gazeta do Povo chama o presidente Lula e sua equipe diplomática de “negociadores de mentiras”.
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“O Brasil hoje é um país em que, no capítulo das relações internacionais, predominam negociadores de mentira – a começar pelo presidente da República, com suas falas e piadas patéticas –, que passarão para a história como personagens de um teatro de horrores que jogou o país no rumo errado e prejudicou o crescimento econômico e o desenvolvimento social”, diz um trecho do editorial.
O jornal destaca que “as tecnologias modernas e as inovações mais relevantes para fazer a economia crescer estão majoritariamente nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos do mundo capitalista”.
O texto ainda cita pontos que deveriam ser considerados caso o governo Lula resolvesse tratar a política externa com pragmatismo.
Para o jornal, entre outros pontos importantes, o governo deveria:
- aproximar o Brasil de nações desenvolvidas em acordos de comércio e de investimentos;
- não alinhar-se a ditaduras e governos que desrespeitam a democracia e os direitos humanos;
- sinalizar internacionalmente que deseja participar dos acordos de comércio, de fluxo de capitais e transferência de tecnologia com as nações do primeiro mundo; e
- aderir às leis e tratados internacionais sobre direitos autorais e de patentes.


Em outro trecho, o editorial critica a atuação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do assessor de assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim.
Segundo o texto, o presidente Lula e o ministro das Relações Exteriores não possuem compromisso com “as políticas do mundo livre e democrático”.
O texto descreve Celso Amorim como “um esquerdista superado e grosseiro em relação aos Estados Unidos e países aliados ao mundo livre, dedicado a cultivar relações com ditaduras como Venezuela e Irã”.
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Ainda, em relação a Mauro Vieira, o jornal diz que o ministro está se submetendo à humilhação pessoal: “Uma vergonha para o país e para a história do próprio Ministério das Relações Exteriores.”
“Nesse cenário, quem perde é o Brasil, que está no caminho de jogar fora a terceira década deste século e se manter no atraso”, finaliza o texto.