Em artigo publicado no blog PlatôBR, na quinta-feira 3, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu defendeu a decisão do governo Lula de acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para manter o aumento do IOF.
“É legítimo que o governo e as forças políticas que o apoiam acionem o STF e se mobilizem”, escreveu o petista. “Não podemos e não devemos aceitar a tentativa de antecipação de 2026, a imposição de um semipresidencialismo, a resistência à isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil e qualquer ideia de anistia aos golpistas.”
Para Dirceu, o Parlamento é um dos culpados pela impopularidade do presidente Lula. “O governo Lula não fez mais porque não tem maioria na Câmara dos Deputados e no Senado Federal”, observou o petista. “A recente derrubada estrondosa do decreto presidencial do Imposto sobre Operações Financeiras foi um dos muitos exemplos dessa correlação de forças adversa.”
Conforme o ex-ministro, a “direita e a extrema direita” são maioria no Congresso e “têm outro programa que não o escolhido nas urnas em 2022”.
José Dirceu prega “revolução social”


Ainda de acordo com Dirceu, o Brasil precisa de uma “revolução social”.
“O Brasil precisa de uma revolução política e social, e é nosso dever colocar esse dilema abertamente para nosso povo e deixá-lo decidir em 2026”, disse. “Essa batalha começa já. Ela é urgente. Vamos pôr às claras para nosso povo a verdade: nossas elites renunciaram ao Brasil e se agarraram aos privilégios que impuseram ao país. Por essa razão recusam toda e qualquer política de distribuição de renda, riqueza e patrimônio. E querem mais. Querem nossa alma e nossos sonhos. Mas não nos vencerão.”
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