Em atendimento a um pedido do Partido dos Trabalhadores (PT), o juiz Carlos Eduardo Batista dos Santos, da 2ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), mandou o Partido Liberal (PL) excluir das redes sociais um vídeo em que comparava petistas a usuários de drogas.
O PL criou o vídeo com auxílio de inteligência artificial e o publicou no dia 12 de julho de 2025. O vídeo apresentava entrevistas simuladas, incluindo frases como: “Fui usuário do PT por 10 anos”.
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O conteúdo também cita a corrupção do PT, o aumento de impostos no governo Lula e o roubo aos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Ao publicar o vídeo, o PL escreveu o seguinte na legenda: “Chega de defender quem só destrói o Brasil! A verdade liberta. O país está em colapso. A CULPA É DO LULA.”
No fim do texto, o PL destacou que o conteúdo “é uma sátira”. A publicação não está mais disponível nos perfis do partido. A decisão judicial também menciona a empresa Meta.
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Juiz considerou o vídeo do PL “grotesco”
Na decisão, o juiz classificou o vídeo como “grotesco” e “despido de qualquer propósito construtivo de cidadania”. A decisão foi obtida pelo jornal O Globo.
Em outro trecho, o juiz afirmou que o PL excedeu o direito à liberdade de expressão, caracterizando abuso e ofensa à honra do PT.
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A Meta, responsável pelas plataformas onde o vídeo foi veiculado, recebeu prazo de três dias para realizar a remoção, sob pena de multa diária de R$ 2 mil, limitada a 20 dias.
“Por fim, peço vênia para externar o meu lamento como cidadão, ao constatar que um partido político de alta expressão nacional, aclamado por parcela significativa da população brasileira e que possui em suas fileiras um ex-presidente da República, tenha sido capaz de, em 40 (quarenta) segundos de vídeo, produzir algo tão grotesco e despido de qualquer propósito construtivo de cidadania”, diz um trecho da decisão assinada no dia 13 de agosto.
Petistas dizem ser vítimas de “fake news”
Em nota, dirigentes do PT afirmaram que o partido foi alvo de “fake news”. De acordo com a sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a decisão “reconheceu abuso da liberdade de expressão e risco de dano à imagem do partido”.

