Neste fim de semana, a fabricante de armas Taurus informou ter recebido, em primeira instância, multa de R$ 25 milhões. O valor, conforme destaca a empresa, foi estipulado a partir de processo administrativo instaurado pela Polícia Militar de São Paulo.
Além da penalidade financeira, a companhia ficará impossibilitada de firmar contratos com o governo paulista. Tal punição é válida pelo período de dois anos. Em comunicado, entretanto, a direção da empresa avisou que irá recorrer da decisão que foi publicada da edição da última sexta-feira, 11, do Diário Oficial estadual.
“Não há evidências técnicas ou fundamentos jurídicos que permitam a penalização da
companhia”, afirma, em comunicado, o diretor administrativo e de relações com investidores da Taurus, Sergio Castilho Sgrillo Filho. “[A empresa] tomará todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis para reversão da penalidade aplicada.”
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Ainda na nota, a fabricante de armas destaca o motivo da abertura do processo administrativo. De acordo com a empresa, há a alegação, por parte do governo paulista, de problemas no fornecimento de pistolas referente a contratos assinados em 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011. O que a companhia contesta publicamente.
“[A Taurus] cumpriu integralmente esses contratos administrativos, fornecendo as pistolas
nas especificações contratadas”, afirma Sgrillo Filho. “E cumprindo todas as suas obrigações correlatas de garantia e assistência técnicas.”
Contratos feitos sob a antiga gestão da Taurus
O diretor de relações com investidores destaca, entretanto, que os contratos que provocaram a multa milionária foi firmado sob a antiga gestão da empresa. “Informamos que desde 2015, quando ocorreu a mudança do controle acionário, a Taurus e seus
administradores vem seguindo os mais rígidos e estritos padrões de controle e qualidade dos seus produtos.”
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