Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Justiça apreende móveis e objetos de ex-seleção por dívidas de R$ 20 mi

A Justiça determinou a apreensão de uma série de móveis de uma mansão do ex-zagueiro e técnico Antônio Carlos Zago, ex-seleção brasileira, Palmeiras e São Paulo, por dívidas geradas com um antigo amigo e ex-procurador.

Um caminhão foi enviado pelo tribunal para cumprir uma decisão de abril, que pediu pela busca dos bens em uma mansão de Zago na cidade de Presidente Prudente, no interior de São Paulo.

Entre os bens penhorados, estão pelo menos seis sofás, seis mesas, três estantes, dezenas de cadeiras, aparadores, um rack, uma cômoda, cristaleira e um bar de mogno, duas escrivaninhas, três portas de madeira, prateleiras, bancos, diversas poltronas, um balcão, uma estante giratória, um amplificador, um tape deck, um receiver, duas caixas acústicas, um subwoofer, duas chaise lounge, aparelhos de ginástica e halteres.

No local da apreensão, está uma das maiores casas da região, com um total de seis terrenos. A mansão vale mais de R$ 20 milhões.

Zago responde judicialmente a uma série de dívidas. Parte delas é com João Assef, que era amigo e foi procurador do ex-jogador. Na época da abertura dos processos, os débitos estavam em torno de R$ 8 milhões. Com juros, beiram os R$ 20 milhões. Antônio Carlos já foi condenado nas ações.

Zago alegou ter amizade com o procurador, que administrava seus bens e finanças, mesmo em momentos de crise, como em 2015, conforme mencionado na ação pelo ex-zagueiro. O técnico de futebol diz que assinou as confissões de dívidas após ter recebido instruções do amigo de que seria uma forma de blindar seu patrimônio.

Antônio Carlos acusou Assef de transferências ilícitas de imóveis e assinaturas de confissões de dividas, além de hipotecas de bens sem prestações de contas ou justificativas. Em resposta, o procurador desmentiu as teses, apontou que é titular dos créditos, das escritura públicas e ainda que pagou inúmeras dívidas de Zago. Ele venceu os processos.

Em 2022, ainda pelas dívidas com Assef, Zago já teve penhoradas suas camisas, troféus, flâmulas e itens históricos de sua carreira, como a Bola de Prata – prêmio hoje da ESPN, considerado o mais importante do país – vencida por Antônio Carlos como o melhor zagueiro do Brasileiro de 1993, quando defendia o Palmeiras – na época, a honraria era concedida pela revista Placar.

No caso, a ação que originou a apreensão atual é por conta do pagamento de honorários aos advogados de Assef que o defendem nos processos. Essa ação, com juros, está em torno de R$ 600 mil.

Antônio Carlos foi procurado pela ESPN, mas não respondeu. A reportagem será atualizada caso ele queira se manifestar.

Em 2025, Zago chegou a treinar o Botafogo da Paraíba, mas foi demitido após curta passagem. Seu salário, inclusive, havia sido penhorado em 30% pela Justiça de São Paulo para pagar parte da dívida com Assef.

Compartilhe:

Veja também: