Três construções irregulares de alto padrão começaram a ir para o chão nesta quinta-feira, 26, na comunidade da Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro. O processo de demolição integra uma operação conjunta envolvendo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), o Ministério Público do Ceará (MPCE) e a Polícia Civil cearense.
Rocinha – RJ
Olha a qualidade do imóvel. Sim é uma casa das várias na Rocinha. Não é a única de alto luxo. E outras favelas também casas similares são construídas por narcoterroristas.
E o JUDICIÁRIO ainda protege estes narcoterroristas. pic.twitter.com/Bffl50z0Qv— Marcelo Nepomuceno Carius (@Carius1976) June 26, 2025
Os imóveis estão na região que leva o nome de Dionéia, ocupando cerca de 2 mil metros quadrados em área de encosta desmatada. Conforme laudo técnico, há grande risco de desabamento. As edificações, com alturas que variavam de dois a sete andares, chamavam a atenção pelo alto padrão de acabamento. As moradias contavam com piscinas, áreas gourmet e revestimentos modernos.
Rocinha: investimento milionário sem autorização
De acordo com engenheiros da Prefeitura do Rio, as obras não obtiveram qualquer tipo de licença ou autorização municipal. Juntas, avaliaram especialistas, somavam um investimento de aproximadamente R$ 6 milhões. A demolição tem como objetivo coibir a ocupação irregular do solo urbano e reduzir riscos ambientais e estruturais.
As investigações apontam ainda que os imóveis serviam a integrantes da facção criminosa Comando Vermelho, originária do Ceará. No dia 31 de maio, uma ação conjunta das forças de segurança dos dois estados já havia cumprido mandados de prisão e, desse modo, promovendo a busca e a apreensão contra lideranças do grupo, que estavam sob refúgio na comunidade.


Desde o início da manhã, policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE) atuam para garantir o cumprimento das ordens de demolição. Equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) operam dentro da área da Dionéia, enquanto o Batalhão de Choque e a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha reforçam o policiamento nos acessos à favela.
A operação conta ainda com o apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social e da empresa pública RioLuz, responsáveis pelo suporte urbano necessário durante os trabalhos de demolição.
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