A Justiça de São Paulo manteve os bloqueios nas premiações do Corinthians na Copa do Brasil de 2025. O clube tentava liberar R$ 10,9 milhões, referente ao prêmio pela participação nas oitavas de final, em que eliminou o arquirrival Palmeiras.
A quantia foi bloqueada por ordem judicial em um processo movido pelo empresário André Cury, que corre na 1ª Vara Cível do Foro do Tatuapé, em São Paulo.
O clube entrou com recursos para desbloquear, alegando que conseguiu o benefício do Regime de Centralização de Execuções, o que impediria novos bloqueios de valores a receber. O Corinthians queria que o dinheiro fosse transferido em seu favor.
Porém, a Justiça entendeu que, mesmo com o RCE, isso não significa que os valores bloqueados devam ser liberados diretamente ao Corinthians, já que o regime ainda não se encerrou, e a ordem de liberação deve partir do juízo responsável pelo procedimento.
O processo está suspenso, mas o juiz apontou que os bloqueios que estão ocorrendo não são novos e já haviam sido determinados. Assim, determinou que a quantia seja transferida para a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central de São Paulo, na qual corre o RCE.
O tribunal mandou que seja expedido um ofício à CBF e à Federação Paulista de Futebol (FPF) para que comecem a depositar os valores a serem bloqueados diretamente ao local onde está sendo analisado o RCE, para que fiquem lá bloqueados.
O Corinthians está em vias de disputar as quartas de final da Copa do Brasil contra o Athletico-PR – o jogo de ida é na semana que vem -, mas deve continuar com as premiações do torneio bloqueadas, por determinação judicial.
Procurado, o clube ainda não se manifestou sobre o assunto, mas não costuma comentar processos judiciais em andamento.
