Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Justiça reclama de demora em pagamento de dívidas do Corinthians e dá prazo

A Justiça de São Paulo chamou a atenção para a longa demora no andamento do RCE (Regime de Centralização de Execuções) que visa quitar R$ 367 milhões em dívidas do Corinthians. E deu 15 dias para o clube readequar sua proposta de pagamento.

Em decisão publicada nesta quinta-feira (26), o juiz Guilherme Cavalcanti, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, mencionou o “longo prazo” desde o início do processo sem que o clube tenha iniciado os pagamentos, após ter pedido mais 30 dias para adequação e apresentação de novo plano.

“Considerando o longo prazo já transcorrido desde o ajuizamento deste procedimento sem que tenham sido iniciados os pagamentos, o teor das impugnações apresentadas e o tempo já transcorrido desde as impugnações, defiro tão somente o prazo de 15 dias para apresentação do plano com as adequações necessárias”, disse o juiz, em decisão.

O Corinthians abriu o processo pelo RCE em 29 de novembro de 2024, ou seja, há quase sete meses. Até o momento, contudo, ainda não iniciou os trâmites para começar a pagar as dezenas de pessoas ou empresas anexadas à ação como credores do clube.

Desde então, algumas empresas, como Pixbet, RC Consultoria (do empresário Carlos Leite), Link Assessoria (de André Cury) e escritórios de advocacia, vêm apresentando recursos que contestam ou até tentam derrubar o Regime de Centralização de Execuções aberto pelo Corinthians.

Em petições mais recentes, após negativas da Justiça em suspender o plano de pagamento, as partes apontaram vícios no plano de pagamento do clube e questionaram diversos tópicos. O tribunal, então, mandou o Corinthians readequar sua proposta e apresentar uma nova.

Entre alguns pontos prometidos pelo Corinthians no novo planejamento, estão a disponibilização de documentos em sítio eletrônico e até questões mais complexas, que demandariam do acervo contábil do clube, como percentuais de destinação de receitas para os respectivos pagamentos.

Em fevereiro, o Corinthians ofereceu plano de pagamento com prazo de quitação em 10 anos. Tudo seria pago com 4% das entradas de caixa referentes a receitas recorrentes e 5% das entradas de caixa referentes a receitas de venda de direitos econômicos de jogadores, alocadas em leilões reversos, com deságio mínimo de 30%. O clube também quer que “credores parceiros” tenham benefícios no plano de pagamento.

Procurado pela ESPN, o clube disse que não iria comentar a decisão judicial.

Compartilhe:

Veja também: