Fábricas localizadas em Telêmaco Borba e Ortigueira são responsáveis por mais de 75% da capacidade de produção da Companhia no país
Publicado: 12/08/2025, 18:44

Todo o tamanho da Klabin na região faz com que o Paraná represente a maior fatia das operações da empresa no país –
Duas das maiores indústrias instaladas na região dos Campos Gerais são da Klabin: a Unidade Monte Alegre, que transformou Telêmaco Borba na ‘Capital do Papel’ e em uma das cidades que mais exporta no Estado, e a outra, a Unidade Ortigueira, que recebeu o maior investimento privado da história do Paraná, com aportes que superaram a marca de R$ 21 bilhões desde 2013. Apesar dessa grande aplicação financeira em Ortigueira, a Klabin não deixou de investir na região: em 2024, a empresa anunciou a aplicação de R$ 1,7 bilhão na Unidade Monte Alegre, na modernização da planta fabril.
Ricardo Cardoso, diretor industrial da Klabin, relembra a história da empresa na região, desde o início das operações da Unidade Monte Alegre, em 1946, com a secagem de celulose para outras unidades da Klabin. “O navio que transportava partes da ‘Máquina 1’ sofreu um ataque na Segunda Guerra Mundial, então ela partiu depois. Com ela, foi fabricado o primeiro papel imprensa do Brasil, e hoje a máquina continua relevante. A Unidade cresceu e, a partir da instalação da Máquina de Papel 7, em 1979, teve uma importante expansão, com a produção de papel kraftliner e, posteriormente, papel-cartão”, recorda. Em 2007, houve nova expansão multibilionária, com o início das operações da Máquina 9, levando a capacidade da Unidade a 1 milhão de toneladas de papel por ano.
Já a Unidade Ortigueira, iniciada com o Projeto Puma I, em 2013, teve um aporte inicial de R$ 8,5 bilhões, inaugurado em 2016, com a produção de celulose de mercado, produzindo 1,5 milhão de toneladas anuais. O Projeto Puma II teve um adicional de R$ 12,9 bilhões, para as máquinas 27 e 28, concluídas em 2021 e 2023, respectivamente, para produção de papel kraftliner e papel-cartão. Sua produção vai para todo o Brasil e exterior. “Como exportação, nós cobrimos mais de 80 países. Temos um terminal operado pela Klabin no Porto de Paranaguá”, acrescenta Cardoso.
VÍDEO
Confira a entrevista completa | Autor: aRede.info
Todo esse tamanho da Klabin na região faz com que o Paraná represente a maior fatia das operações da empresa no país, explica o diretor. “A Klabin tem, ao todo, mais de 18 mil funcionários diretos. Desses, 8 mil, aproximadamente, estão locados aqui no Paraná, principalmente na região dos Campos Gerais (…). São 22 unidades no Brasil e uma na Argentina, que produzem 4,5 milhões de toneladas ao ano. Desse total, o Paraná representa 3,5 milhões com essas duas unidades alocadas no Estado”.
Para o futuro, um investimento, anunciado em 2024, garantirá a competitividade de Unidade Monte Alegre pelas próximas décadas: a instalação de uma nova caldeira de recuperação, que receberá aporte de R$ 1,7 bilhão, prevista para ser concluída no último trimestre de 2026. “Ela é o coração da fábrica, que é o que trata o licor que geramos internamente e faz todo um processo importante de recuperação de químicos e gera vapor para o processo produtivo. É uma decisão que vai permitir que a Unidade tenha muitos anos de operação à frente”, finaliza Cardoso.