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Koppert aposta na educação para impulsionar agro sustentável

A revolução dos bioinsumos está transformando o campo brasileiro — e a educação tem sido o motor dessa mudança. A avaliação é de Jaqueline Antônio, gerente de Comunicação e Marketing da Koppert, uma das líderes globais em controle biológico, que participou de entrevista ao programa A Protagonista Especial, durante o Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio (CNMA), em São Paulo.

Segundo Jaqueline, o mercado de produtos biológicos no Brasil vive um salto histórico. “Há 14 anos, o setor não era visto como tecnificado. Hoje, cerca de 30% dos agricultores já utilizam o controle biológico, e as grandes marcas estão apostando nessa tecnologia”, destacou.

Do marketing à sustentabilidade

A trajetória da executiva no agro começou de forma pouco convencional. Formada em comunicação e com experiência no marketing educacional, Jaqueline atuou como empreendedora por uma década antes de ingressar na Koppert. “Quando a empresa chegou ao Brasil, vi a chance de unir meu propósito pessoal com o profissional. Sempre fui ligada à alimentação saudável e aos orgânicos. O controle biológico foi um encantamento imediato”, contou.

A Koppert, empresa familiar fundada em 1967 na Holanda, nasceu do trabalho de um agricultor de pepinos e hoje é referência mundial em soluções sustentáveis. “Quando entrei, eu tinha um pen drive com um logo e um sonho: transformar a comunicação e ajudar a contar essa nova agricultura”, lembrou.

Educação como base da transformação

Para Jaqueline, o avanço dos biológicos só é possível com capacitação. “A gente não muda nada sem educação. Nosso maior desafio foi ensinar o agricultor e o distribuidor a integrar o biológico ao manejo químico, sem oposição entre as tecnologias”, disse.

A Koppert Academy, projeto educacional da empresa, já capacitou mais de 7 mil pessoas, entre produtores, estudantes, distribuidores e equipes internas. “Nosso objetivo é formar influenciadores regionais, capazes de multiplicar conhecimento técnico e boas práticas”, disse.

Segundo ela, essa educação passa também pela comunicação. “Criamos materiais didáticos e conteúdos digitais que explicam como funcionam fungos, insetos e outros organismos benéficos. É um trabalho de ensino contínuo e técnico”, afirmou.

Da natureza para a natureza

Jaqueline reforçou que o trabalho da Koppert é guiado por um princípio simples: “da natureza para a natureza”. Os produtos desenvolvidos são baseados em microrganismos e inimigos naturais de pragas e doenças. “Pesquisamos esses organismos, estudamos sua viabilidade e devolvemos para a natureza em maior escala. É uma forma de cuidar do solo e da biodiversidade”, explicou.

Ela acrescentou que o Brasil está pronto para dar o próximo passo: exportar conhecimento e tecnologia. “Já temos unidades de produção de micro e macrobiológicos no país e estamos registrando nossos produtos em outros mercados da América do Sul. O Brasil virou referência e está pronto para ser exportador de biotecnologia agrícola”, afirmou.

Um caminho sem volta

Para Jaqueline, o futuro do agro passa pela integração entre ciência, sustentabilidade e propósito. “O controle biológico é um caminho sem volta. Estamos cuidando da terra e do mundo que queremos deixar para os nossos filhos”, disse.

A executiva convidou os interessados a conhecer o portal www.tecnologiaviva.com.br, projeto desenvolvido em parceria com o Canal Rural, que reúne episódios educativos sobre regulamentação, manejo e tecnologias biológicas. “Educar é o que move tudo”, concluiu.

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