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La Niña de fraca intensidade deve ter impacto limitado no verão

O fenômeno climático La Niña, que atualmente se forma no Oceano Pacífico, está previsto para ter uma intensidade fraca, com impacto limitado no verão brasileiro de 2024. Esta é a análise da Meteored Brasil.

Depois do término do El Niño em maio de 2024, que trouxe anomalias positivas de temperatura no Pacífico Tropical, esperava-se um período neutro seguido pela La Niña. No entanto, a previsão e a intensidade deste fenômeno têm sido desafiadoras ao longo do ano.

O La Niña é um evento climático natural que resfria as águas do Pacífico e altera a distribuição de calor e umidade em várias partes do globo.

Previsões iniciais e ajustes ao longo do ano do La Niña

Em abril de 2024, os modelos climáticos indicavam uma probabilidade de 85% para o fenômeno, com intensidade moderada, quase forte, entre outubro e dezembro. Anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) eram previstas em torno de -1,5°C.

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Contudo, em junho, a previsão foi ajustada para uma intensidade de fraca a moderada, com anomalias de TSM em torno de -1,0°C. Atualmente, em outubro, as condições no Pacífico equatorial permanecem neutras.

Previsão climática do modelo europeu, para chuva e temperatura, no trimestre dezembro a fevereiro| Foto: Reprodução Meteored

Condições atuais no Pacífico do La Niña

Anomalias fracas de TSM são observadas nas regiões central e leste do Pacífico, enquanto as águas continuam quentes no setor oeste. As regiões Niño 1, 2 e 3 apresentam sinais de águas frias desde junho.

Enquanto isso, a região Niño 4 mantém águas quentes. Na região Niño 3.4, a anomalia de TSM foi de -0,5°C na última semana, indicando o limiar entre neutralidade e o fenômeno do Oceano Pacífico.

Probabilidades e expectativas futuras

Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), a probabilidade de ocorrência de La Niña até novembro caiu para 60%. A confiança em seu acontecimento diminuiu em comparação a previsões anteriores.

Anomalia global de temperatura da superfície do mar em 24 de outubro mostra sinal de La Niña fraca no Pacífico Equatorial. Evento ainda não foi oficialmente confirmado | Foto: Reprodução/Climate Change Institute, University of MaineAnomalia global de temperatura da superfície do mar em 24 de outubro mostra sinal de La Niña fraca no Pacífico Equatorial. Evento ainda não foi oficialmente confirmado | Foto: Reprodução/Climate Change Institute, University of Maine
Anomalia global de temperatura da superfície do mar em 24 de outubro mostra sinal de La Niña fraca no Pacífico Equatorial. Evento ainda não foi oficialmente confirmado | Foto: Reprodução/Climate Change Institute, University of Maine

A chegada da condição climática está prevista para meados ou final de novembro, com possibilidade de se estender até março ou abril de 2025. Depois desse período, espera-se que o clima retorne a uma fase neutra até junho ou julho de 2025.

Os modelos climáticos convergem para uma previsão de intensidade fraca para este evento, com anomalias de TSM ao redor de -0,5°C.

Desde 1950, apenas quatro eventos de La Niña se formaram tão tardiamente como o atual, todos de intensidade fraca ou moderada.

Influência no Brasil

Impactos são esperados em temperaturas e precipitações em regiões distantes. No caso da La Niña prevista, sua fraca intensidade deverá reduzir sua influência nos padrões atmosféricos da América do Sul.

O programa europeu Copernicus prevê que o padrão de chuvas no verão brasileiro poderá sofrer alguma influência de La Niña, com tendência de menos temporais no sul do país e tempestades acima da média no norte.

Contudo, o sinal de menos chuvas na Região Sul é considerado fraco. Além disso, as temperaturas no Brasil devem ser mais elevadas do que a média, o que contraria o esperado em um evento intenso de La Niña.

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