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La Niña tem 60% de chances de ocorrer; veja as regiões onde deve chover mais

O fenômeno El Niño está descartado pelos modelos meteorológicos desde março deste ano. Com isso, acreditava-se em neutralidade climática porque as anomalias de temperatura da superfície do mar permaneceram próximas da média ao longo dos últimos meses.

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Contudo, os mais recentes dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM) indicam que esse padrão pode estar com os dias contados. Isso porque a tendência para o surgimento do La Niña nos próximos meses é cada vez mais forte, ainda que o fenômeno deva ser de fraca intensidade. Mesmo assim, tal cenário traz mudanças no regime de chuvas do Brasil.

De acordo com as previsões dos Centros Globais de Produção de Previsão Sazonal da OMM, as chances estão assim distribuídas de setembro a novembro de 2025:

  • 55% de probabilidade de formação da La Niña
  • 45% de probabilidade de manutenção das condições neutras
  • 0% de chance de formação de um El Niño

Outubro a dezembro de 2025:

  • 60% de chance de La Niña
  • 40% de chance de neutralidade

Esses valores indicam que a tendência de La Niña se fortalece com o avanço da primavera, tornando cada vez mais provável a instalação do fenômeno ainda em 2025.

Segundo a Climatempo, é importante destacar que, para que o fenômeno seja oficialmente caracterizado, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) considera, principalmente, o Índice Oceânico Niño (ONI), sendo necessário que a anomalia da temperatura da superfície do mar fique abaixo de -0,5 °C por três trimestres móveis consecutivos.

“Neste momento, ainda não há essa confirmação, mas os modelos já indicam que a tendência pode se consolidar nos próximos meses”, ressalta a empresa.

O que esperar do fenômeno La Niña?

Apesar da possível fraca intensidade, os impactos típicos da La Niña podem ocorrer, especialmente em regiões mais sensíveis à variabilidade climática. De acordo com a Climatempo, entre os efeitos mais comuns, destacam-se:

  • Chuvas acima da média no Norte e Nordeste do Brasil, especialmente durante o verão;
  • Tempo mais seco no Sul do Brasil, o que pode agravar ou antecipar estiagens em áreas agrícolas;
  • Risco maior de incêndios no Pantanal e na Amazônia, caso haja redução das chuvas em meses-chave.

Segundo a Climatempo, por ser um fenômeno que interage com outros sistemas atmosféricos, como a Oscilação Madden-Julian e os padrões de bloqueio atmosférico, os efeitos da La Niña podem variar bastante de um ano para o outro, especialmente em episódios fracos e de curta duração.

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