O mais recente relatório sobre as condições do Pacífico Equatorial indica um cenário de neutralidade climática nos próximos seis a sete meses, segundo o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller. A análise aponta baixa probabilidade de retorno do fenômeno La Niña e uma tendência de estabilidade durante o início, meio e fim da safra de soja no Brasil.
De acordo com Müller, essa configuração significa que as chuvas devem retornar no período esperado, favorecendo áreas produtoras em todo o país. “No geral, a temperatura deve ficar um pouco acima da média até a chuva começar a retornar em setembro”, afirma. O padrão atual, com a mistura de águas mais frias e quentes no Pacífico, confirma a neutralidade climática.
Setembro começa com chuva irregular e temperaturas elevadas
Apesar da expectativa de retorno das precipitações, setembro deve apresentar chuvas abaixo da média na primeira quinzena. A regularidade só deve melhorar a partir da segunda semana do mês, ainda de forma irregular devido às altas temperaturas.
O meteorologista alerta para o risco de focos de incêndio no Centro-Oeste, Matopiba e interior do Sudeste, exigindo atenção redobrada no manejo com fogo.
Outubro marca início das chuvas regulares
A partir de outubro, o cenário muda. As anomalias positivas de chuva devem ganhar força, com umidade suficiente para permitir o avanço da semeadura da soja, especialmente no Centro-Oeste e Sudeste. As precipitações também devem alcançar as áreas produtoras do Matopiba, ampliando as condições favoráveis para o plantio.
Segundo Müller, essa tendência climática oferece um panorama otimista para o produtor rural, garantindo que as chuvas ocorram dentro do calendário agrícola ideal e contribuam para um bom início de safra.