A disputa política e financeira dentro da Libra ganhou novos capítulos nesta sexta-feira (3).
Em entrevista à ge tv, Leila Pereira, presidente do Palmeiras, detonou a postura do Flamengo após a liminar conquistada pelo clube no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que bloqueou R$ 77 milhões que seriam repassados a outros integrantes da liga.
“Não tem os terraplanistas, que acreditam que a terra é plana? Agora tem os terraflamistas, que acreditam que o sistema solar gira ao redor do Flamengo. E não é assim, gente”, provocou Leila, antes de completar: “Ninguém é maior que ninguém, mais importante que ninguém. Temos que botar os pés no chão.”
A fala faz referência à liminar que assegurou ao Flamengo parte da renda fixa proveniente de direitos de transmissão em TV aberta, fechada e pay-per-view. A decisão, que favoreceu exclusivamente o clube carioca, deixou de fora os demais times do bloco, como Palmeiras, São Paulo, Santos, Atlético-MG, Grêmio, Bahia e Red Bull Bragantino.
No início da semana, em entrevista ao Esporte Record, Leila já havia endurecido o tom ao sugerir a criação de uma liga nacional sem a presença do Flamengo:
“Minha sugestão seria nós criarmos uma outra liga excluindo o Flamengo. Acho que o Flamengo deveria jogar sozinho. Nenhum clube é maior do que o futebol brasileiro. O Palmeiras não joga sozinho, e o Flamengo não joga sozinho — só se ele quer jogar ele contra o sub-20 dele. Acho que seria bonito nós formarmos uma nova liga excluindo o Flamengo, e aí o Flamengo joga com ele mesmo. Quero ver a audiência que vai ter”, disparou.
A ação do Flamengo
Segundo o Flamengo, o motivo da ação é a insatisfação com os critérios adotados pela Libra para a divisão das receitas de TV, especialmente a fatia de 30% vinculada à audiência do pay-per-view.
O clube alega que a divisão atual não reconhece adequadamente seu “poder gerador de receitas”, que representa cerca de 47% da torcida total dos times da Libra.