A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, indicou à Justiça as provas que pretende produzir no processo de R$ 500 mil que move contra o atacante Dudu, atualmente no Atlético-MG, por danos morais. Entre elas, a dirigente pediu que o tribunal convoque o próprio jogador para depor.
Leila disse que deseja um depoimento pessoal de Dudu, “sob pena de confissão, para esclarecimento dos pontos controvertidos, sobretudo com relação às suas falas ofensivas contra a dirigente, suas reais motivações, bem como esclarecimentos quanto à dimensão e gravidade dos atos praticados”.
A presidente do Alviverde ainda afirmou que irá arrolar uma oitiva de testemunhas para corroborar suas alegações no processo.
Essas pessoas, que estarão em uma lista enviada por Leila ao tribunal futuramente, são testemunhas que, “tomando conhecimento dos fatos, constataram o severo impacto e abalo moral que as ofensas de Dudu causaram em Leila, bem como a repercussão e dimensão que tais ofensas alcançaram”.
A resposta de Leila vem dias depois de Dudu pedir que a Justiça de São Paulo realize uma perícia para avaliar se a expressão “VTNC” de fato configurou uma ofensa à presidente do Palmeiras, conforme alegado pela dirigente. Ele também quer que o perito analise se ele causou um prejuízo de R$ 22 milhões ao clube, conforme dito pela dona da Crefisa.
Em petição enviada ao tribunal há duas semanas, Dudu pediu as provas que pretende mostrar em eventual audiência no processo onde Leila lhe cobra uma indenização de R$ 500 mil – o jogador também pede o mesmo valor por danos morais.
Dudu ainda pediu outra perícia para confirmar o dano à sua imagem causada pelas “declarações ofensivas” da presidente do time alviverde e outra para demonstrar que ele não causou um prejuízo de R$ 22 milhões ao clube. Ele quer que essa terceira perícia também mostre que ele renunciou a receber o saldo remanescente de sua multa do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que ultrapassa R$ 25 milhões.
Além disso, o jogador cobra um depoimento pessoal de Leila Pereira, para esclarecimento das exposições públicas e suposta conduta que, segundo a defesa, “levou a desconstruir a imagem de Dudu”.
O caso segue tramitando na 11ª Vara Cível do TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) e será julgado pelo juiz Sérgio Serrano Nunes Filho.