Depois de não sair do banco no duelo de ida contra o Racing por causa de uma lesão no tornozelo direito, Léo Ortiz voltou à titularidade do Flamengo no empate sem gols, que culminou na classificação rubro-negra à final da CONMEBOL Libertadores.
Após a partida, o zagueiro revelou detalhes da rápida recuperação e contou o drama que sofreu para conseguir estar em campo nesta quarta-feira.
”Depois do jogo que eu me machuquei contra o Palmeiras, logo depois que eu fiz o raio-x e não tinha dado nenhuma fratura, eu falei: ‘Preciso jogar um dos jogos das semifinais porque eu não tinha disputado nenhuma, estou com 29 anos e não sei’. Espero que eu possa voltar muitas vezes a esse lugar, mas não sei quando vou voltar de novo. Valorizo muito esse momento. Eu tinha dito para a minha família: ‘Não sei o que eu vou fazer, o que eu vou tomar, mas eu tenho que estar (no jogo)”’, afirmou.
”Eu fiz um esforço muito grande para estar no primeiro jogo, nem que fosse no banco, para viver esse momento mesmo que bem longe das minhas condições normais. Hoje eu falei que não tinha como eu ficar fora. O Filipe desde o início falou para mim: ‘Não tem chances de você ficar fora desse jogo, você vai dar um jeito’. Muito feliz por tudo isso ter valido a pena. Mesmo se as coisas não tivessem acontecido, já teria valido a pena porque eu teria feito o que a minha cabeça e o meu coração mandaram de estar disputando essa semifinal com o Flamengo, mais feliz ainda por ter conseguido a classificação e por tudo isso ter valido a pena”, completou.
Ortiz aproveitou ainda para fazer um forte desabafo sobre as críticas que o Flamengo sofreu ao longo da campanha na Libertadores. A equipe avançou em 2º lugar do grupo C, atrás da LDU, e passou por Inter, Estudiantes e agora o Racing para chegar a mais uma final.
”No momento do jogo a gente quer que faça gol e termine logo. Agora, depois, você valoriza muito até por causa de muitas coisas que falaram durante a nossa campanha. Lógico que a nossa campanha na primeira fase não foi ideal, classificar em segundo, mas muitos desmereceram a camisa do Flamengo, a força que esse clube tem e a tradição que tem na Libertadores. Não à toa, vem chegando em muitas semis e em finais também. A gente foi passo a passo, brigando”, disse.
”A gente ganhava do Inter por 1 a 0 em casa e as pessoas falaram que era pouco, que íamos sofrer para ganhar no Beira-Rio. E a gente ia lá e ganhava! Ganhamos do Estudiantes e as pessoas falaram que era pouco e a gente foi lá e classificou na casa deles. Mais uma vez conseguimos fazer isso mostrando um pouco do espírito da nossa equipe. Dentro do vestiário, nunca duvidamos da nossa força, qualidade e de que somos um time que briga. As pessoas desassociam o talento da nossa equipe com a vontade de vencer. Temos vontade de vencer. Talvez o perfil dos jogadores não pareça, mas somos um grupo muito competitivo e que briga muito pelo Flamengo”, desabafou.
Nesta quarta, mesmo com um a menos após a expulsão de Gonzalo Plata, Flamengo segurou o empate, se classificou com vitória por 1 a 0 no agregado e agora vai em busca do inédito tetra para o futebol brasileiro.
A equipe de Filipe Luís decide o título contra quem passar de Palmeiras x LDU. Os equatorianos têm a vantagem, já que fizeram 3 a 0 na ida, em Quito, enquanto o Verdão busca uma remontada histórica em casa.
A partida de volta será nesta quinta-feira (30), às 21h30 (de Brasília), no Allianz Parque, com transmissão do Disney+.
A grande final está marcada para o dia 29 de novembro no estádio Monumental, em Lima, no Peru.
 
								


 
								