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Líder do governo Lula na Câmara associa Trump ao nazismo

As recentes medidas do presidente dos Estados Unidos Donald Trump para combater a criminalidade se tornaram alvos de críticas de petistas. Em meio à tensão diplomática com o país, o líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), criticou a medida e associou Trump ao nazismo.

A reação desta segunda-feira, 11, veio depois de o republicano ordenar a retirada imediata de pessoas em situação de rua de Washington, prometendo abrigá-las fora da cidade.

Para Guimarães, a medida representa “eugenia, uma das faces mais cruéis do nazismo”. Ele acrescentou que “os Estados Unidos têm mais de 46 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza”, conforme publicou em rede social.

O deputado afirmou que Trump deveria “aprender com Lula a dar dignidade a essas pessoas”, acusando o presidente norte-americano de considerar os sem-teto “indesejáveis”. Guimarães ainda alega que, nas gestões petistas, “o governo Lula tirou 24 milhões de pessoas da vulnerabilidade alimentar”.

As medidas de Trump contra a criminalidade

O presidente dos EUA, Donald Trump, fala com membros da imprensa a bordo do Air Force One, a caminho da Escócia, Grã-Bretanha, para a Base Conjunta Andrews, Maryland, EUA (29/7/2025) | Foto: Reuters/Evelyn Hockstein

No domingo 10, Donald Trump anunciou medidas para endurecer a repressão à criminalidade em Washington, como o retorno de infratores à prisão, prometendo mais detalhes nesta segunda-feira, 11.

O presidente dos Estados Unidos também divulgou imagens de acampamentos e lixo nas ruas da capital na plataforma Truth Social. Desde janeiro, ele avalia assumir o controle federal de Washington, algo que depende de aprovação do Congresso, já que sua autoridade atual se limita a áreas e prédios federais.

Segundo a organização Community Partnership, quase 3,8 mil pessoas vivem em situação de rua na capital, cerca de 800 delas em espaços públicos. Um relatório do Departamento de Habitação dos EUA mostrou que, em 2024, Washington ocupava a 15ª posição entre as maiores cidades americanas em número absoluto de sem-teto.

A prefeita Muriel Bowser rebateu as declarações, negando que haja “onda de criminalidade” na cidade. Ela afirmou que, nos primeiros sete meses de 2025, os crimes violentos caíram 26% e a criminalidade geral recuou 7% em comparação com o mesmo período de 2024.

A declaração do deputado petista ocorre em meio à tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos. Na quarta-feira, 6, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou que não irá telefonar para Donald Trump.

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A conversa entre os dois é tida como item importante para que os Estados Unidos reavaliem a aplicação da tarifa de 50% sobre os produtos exportados pelo Brasil, que já entrou em vigor.

“No dia em que minha intuição disser que Trump está pronto para conversar, não hesitarei em ligar para ele, mas hoje minha intuição diz que ele não quer conversa”, afirmou o petista, em entrevista à agência de notícias Reuters. “Não vou me humilhar.”

Além de avisar que não pretende ligar para Trump, o presidente brasileiro elogiou a parceria do Brasil com outros países do Brics, como China e Rússia. Ele também aproveitou para criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com o petista, o seu adversário político deveria ser punido por, segundo ele, “cortejar” a imposição da tarifa pelos EUA.

Leia também: “Sucupira contra o mundo”, artigo de Guilherme Fiuza para a Edição 282 da Revista Oeste


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