O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca nesta terça-feira (21) para o Sudeste Asiático, onde visitará Indonésia e Malásia. A viagem tem foco político e comercial, com o objetivo de ampliar as exportações brasileiras e fortalecer a presença do país na região.
Durante a semana, Lula participará da Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) e do Encontro de Líderes do Leste Asiático, além de reuniões bilaterais com chefes de Estado. O retorno ao Brasil está previsto para o dia 28.
Oportunidades para o Brasil
A Asean é formada por 11 países, entre eles Indonésia, Malásia, Vietnã e Filipinas, e reúne uma população de mais de 680 milhões de habitantes. Segundo o Itamaraty, se fosse uma única economia, o bloco seria o quarto maior PIB do mundo, estimado em cerca de US$ 4 trilhões.
De acordo com o embaixador Everton Frask Lucero, diretor do Departamento de Índia, Sul e Sudeste Asiático do Itamaraty, “a presença de Lula é inédita e sinaliza um novo patamar de diálogo com a região”. Em 2024, o comércio do Brasil com os países da Asean somou mais de US$ 37 bilhões, com superávit de US$ 15,5 bilhões para o lado brasileiro.
Parceria estratégica com Indonésia e Malásia
A primeira parada da comitiva será em Jacarta, capital da Indonésia. Lula será recebido pelo presidente Prabowo Subianto para reuniões sobre energia renovável, segurança alimentar e cooperação agrícola. Também está previsto um fórum empresarial com cerca de 100 empresários brasileiros.
Na sexta-feira (24), o presidente se reunirá com o secretário-geral da Asean, e no sábado (25) segue para Kuala Lumpur, na Malásia. No país, deve assinar acordos nas áreas de semicondutores, ciência e tecnologia, além de receber o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Nacional da Malásia.
Encontros e diplomacia regional
Lula participará da 47ª Cúpula da Asean e da 20ª Cúpula do Leste Asiático, que reúnem líderes de 18 países, incluindo China, Índia, Japão e Estados Unidos. O único encontro confirmado até agora é com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
Há expectativa de uma conversa com o presidente norte-americano Donald Trump, em meio às negociações para reduzir as tarifas impostas por Washington ao Brasil. A viagem marca a tentativa do governo de abrir novos mercados e reforçar a presença brasileira em uma das regiões mais dinâmicas da economia mundial.