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Lula comenta ineficácia em negociação com os EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira, 25, que já ocorreram dez reuniões entre representantes de seu governo e dos Estados Unidos para tratar das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, que entram em vigor em 1º de agosto. De acordo com o petista, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB-SP), que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, lidera as conversas.

Lula afirmou que o Brasil está preparado para negociar diretamente com os norte-americanos e enfatizou que o vice-presidente tem buscado diálogo, mas encontra resistência. “Ninguém pode dizer que o Alckmin não quer conversar. Todo dia ele liga para alguém, e ninguém quer conversar com ele”, disse em evento nesta sexta-feira, 25.

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O presidente enviou um recado ao governo dos EUA para dizer que, quando houver disposição para conversar, o Brasil estará “pronto e preparado com Alckmin”. Ele se referiu diretamente a Donald Trump em seu discurso. “Vamos mostrar o quanto você [Trump] foi enganado com as informações que lhe deram.”

Nos últimos dias, segundo o governo brasileiro, aconteceram “conversas reservadas” para buscar alternativas às tarifas de 50% previsto para entrar em vigor na próxima semana. Pela primeira vez, o diálogo evoluiu para um contexto de “ganha-ganha”, sem impactos jurídicos, segundo Alckmin.

Alckmin e o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, fizeram uma reunião no último sábado, 19, por videoconferência, além de outros dois encontros virtuais recentes, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. As negociações visam evitar prejuízos para as exportações brasileiras.

Lula falou sobre os EUA em cerimônia do PAC

Nesta sexta-feira, Lula participou de cerimônia em Osasco (SP), onde anunciou investimentos de R$ 4,67 bilhões do PAC Seleções 2025 Periferia Viva para a urbanização de favelas em 49 regiões de 32 cidades de 12 estados, conforme informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

O presidente também comentou ter sido surpreendido pela carta do presidente Donald Trump. O texto, disse Lula, teria solicitado “três coisas que não podemos aceitar”, referindo-se a uma suposta tentativa de interferência em processos do Supremo Tribunal Federal relativos ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Lula repetiu ainda que as big techs devem respeitar as leis nacionais e lembrou que os Estados Unidos têm um superávit de US$ 410 bilhões na balança comercial com o Brasil.


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