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Lula critica ONU por conflito Israel-Palestina

Durante a abertura da reunião do Banco do Brics, realizada no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 4, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas à atuação da ONU no conflito entre Israel e Palestina, destacando a falta de avanços concretos para a criação do Estado Palestino.

Lula apontou uma crise global de liderança e questionou a relevância das Nações Unidas nos dias atuais. “Nunca vi o mundo tão carente de lideranças políticas como hoje”, disse Lula. “Há muito tempo não via nossa ONU tão insignificante como se apresenta hoje.”

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No discurso, Lula também reforçou sua posição sobre as ações militares de Israel em Gaza, chamando-as de genocídio. “Uma ONU capaz de criar o Estado de Israel não é capaz de criar o Estado Palestino, não é capaz de fazer um acordo de paz para impedir o genocídio de mulheres e crianças em Gaza”, afirmou.

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Defesa de uma moeda comum no Brics

Ao final do pronunciamento, Lula ressaltou a importância da criação de uma moeda comum para transações comerciais entre os países do Brics: “É por isso que a decisão de vocês de uma nova moeda de comércio é extremamente importante”.

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“Tem problemas, eu sei, mas se não encontrarmos uma nova fórmula, terminaremos o século 21 como terminamos o 20. E isso não será benéfico para a humanidade”, declarou o petista no evento.

Lula reconheceu os desafios para viabilizar a proposta, mas enfatizou a necessidade de avançar nesse tema para fortalecer as relações comerciais entre os membros do bloco. O encontro contou com a presença de representantes dos países integrantes do Brics.

As críticas recorrentes de Lula a Israel

Ao longo do seu 3º mandato, Lula tem tomado uma postura contrária a Israel e em favor da Palestina. Em 5 de junho, durante uma visita oficial à França, o petista voltou a criticar a atuação do país em Gaza, classificando as ações militares como um “genocídio premeditado” e “um massacre de civis”.

Na ocasião, o presidente afirmou ainda que a situação não se trata de uma guerra, mas sim de um “genocídio promovido por um Exército altamente preparado contra mulheres e crianças”.

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Essa declaração de Lula segue uma série de críticas ao governo de Israel. Em 1º de junho, o governo brasileiro emitiu uma nota oficial condenando a autorização de Israel para a criação de 22 novos assentamentos na Cisjordânia, território disputado entre israelenses e palestinos.

A nota do Palácio do Planalto afirmou que a decisão de Israel “constitui flagrante ilegalidade perante o direito internacional” e se opôs ao parecer da Corte Internacional de Justiça de 2024, que considerou ilícita a presença contínua de Israel no território palestino. Na ocasião, Lula também descreveu as operações israelenses como um “genocídio premeditado de um governante de extrema direita”.

+ Lula condena ataque em Gaza e acusa Israel de genocídio: ‘Vergonhoso e covarde’

Em 26 de maio, o presidente brasileiro fez novas acusações de abuso contra o governo israelense, após um ataque aéreo na Faixa de Gaza que resultou na morte de nove filhos da médica palestina Alaa Al-Najjar.

Lula classificou o ataque como “vergonhoso e covarde”, condenando a morte de civis e destacando que o único filho sobrevivente da médica e seu marido estavam internados em estado crítico. “A morte de nove dos dez filhos da médica palestina é mais um ato vergonhoso e covarde”, escreveu Lula nas redes sociais.

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